PT 4/10 MATA DOS BISPOS Traditional Geocache

PT DA MATA DO BISPO

4/10

PORTUGUÊS

Mata dos Bispos:A zona da Mata dos Bispos, no concelho da Povoação, é uma área de baixa altitude que apresentava uma situação de invasão mais preocupante, com elevada densidade de Incenso (Pittosporum undulatum).

“Esta é uma área de baixa/média altitude onde ainda se podem encontrar algumas manchas da Floresta Natural, a Floresta Laurissilva, estando no entanto  invadida por espécies exóticas, principalmente incenso e conteira”.

“A floresta açoriana constitui um elemento estruturante e marcante da identidade da nossa paisagem.

Ocupando cerca de 31% do território, a floresta suporta, na Região, um sector económico responsável por 1.400 postos de trabalho, gerando um volume de negócios anual de cerca de 1.8 milhões de euros, pela venda direta de material lenhoso, e de 10,9 milhões de euros, quando contabilizado ao nível do sector industrial da primeira transformação.

A real importância das florestas vai, contudo, muito para além do seu valor tangível, assumindo uma importância fundamental na conservação dos solos, dos recursos hídricos, da biodiversidade e no papel que desempenha para o bem-estar e qualidade de vida das populações.

A Direção Regional dos Recursos Florestais da Secretaria Regional da Agricultura e Ambiente é o departamento governamental que, nos Açores, tutela do sector florestal, competindo-lhe definir e executar a política de ordenamento, proteção, desenvolvimento e uso dos recursos florestais, cinegéticos e piscícolas das águas interiores.  

São vastas as áreas de intervenção da Direção Regional e dos seus Serviços Florestais de ilha, nomeadamente:

·Proteção do Património Florestal,através do licenciamento e fiscalização das operações de exploração florestal;

·Fomento florestal, através do acompanhamento técnico de projetos de florestação privados e execução de projetos públicos;

·Viveiros florestais, que produzem anualmente milhares de plantas nativas e exóticas, com vista à florestação;

·Reservas Florestais de Recreio, locais geridos e cuidados com o objetivo de proporcionar á população, local e visitante, o lazer em espaços florestais e o contacto com diversas espécies da fauna e da flora; 

·Caminhos Rurais e Florestais, que constituem um elemento estruturante da paisagem e determinante na atividade agro-florestal na Região;

·Pastagens Baldias,colocadas ao serviço das populações através do arrendamento de áreas ou da prestação de serviços de pastoreio;

 ·Cinegética,através do ordenamento, monitorização, fiscalização e gestão das populações de espécies cinegéticas e do exercício da caça, bem como do funcionamento dos postos cinegéticos;

 ·Piscicultura, pela fiscalização do exercício da pesca e repovoamentos populacionais a partir dos efetivos produzidos nos postos aquícolas;

 ·Melhoramento Florestal, pela prossecução do Plano de Melhoramento Florestal que, há mais de dez anos, se tem centrado na melhoria da qualidade e adaptabilidade das espécies florestais para fins de produção de material lenhoso;

 ·Inventário Florestal, que procura permanentemente caracterizar a floresta açoriana e sua evolução;

 ·Sistemas de informação, Cartografia e Planeamento, que utilizando toda a informação gerada diariamente pelo normal funcionamento dos Serviços Florestais cria o suporte necessário ao planeamento e definição de políticas florestais a curto, médio e longo prazo”.

Recuperação da Floresta Laurissilva

“Ao longo dos projetos LIFE Priolo e LIFE Laurissilva Sustentável, diversas áreas de floresta natural ou Laurissilva foram intervencionadas com o intuito de erradicar as espécies invasoras presentes e incrementar a qualidade do habitat, através da plantação de espécies nativas. Estas áreas requerem uma intervenção continuada, de modo a diminuir a pressão da vegetação exótica invasora neste habitat. As ações desenvolvidas pelos projetos LIFE permitiram recuperar uma área significativa de floresta Laurissilva (cerca de 275 ha., através da remoção de espécies invasoras) ”.

A LAURISSILVA DOS AÇORES

“Nos Açores existem cerca de 1000 espécies de Plantas Vasculares, das quais 300 são autóctones, sendo 73 endémicas, isto é, únicas no Mundo, sendo que esta biodiverdidade é a maior de todas as regiões da Europa. A floresta natural dos Açores – a Laurissilva - é considerada um fóssil vivo da idade do gelo, uma vez que na última glaciação do globo apenas na região biogeográfica da Macaronésia (arquipélagos dos Açores, Madeira, Canárias e Cabo Verde) foi possível mantê-la preservada do frio pela ação termo reguladora do oceano Atlântico. Laurissilva é um termo com origem no latim que significa Floresta de Louros- (laurus – louro; silva - floresta).

A floresta Laurissilva pode ser dividida em quatro tipos básicos, assumindo vários aspetos e estruturas conforme a altitude e exposição, sendo que a composição em espécies é muito variada. Assim, temos a floresta de baixa altitude ou costeira, dominado pela Faia (Myrica faya) e Pau-branco (Picconia azorica), por vezes com Louro (Laurus azorica), constituídos por bosques altos de estrutura aberta (Laurissilva mésica); a floresta de média altitude, abaixo dos 500m, dominada pelo Louro (Laurus azorica) e Pau-branco (Picconia azorica) nas zonas baixas e Sanguinho (Frangula azorica) em altitude, possuindo grande nível de biodiversidade estrutural e florística (Laurissilva húmida); a floresta de altitude (acima do teto de nuvens), dominada pelo Azevinho (Ilex perado ssp. azorica), o Louro (Laurus azorica) e o Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), constituídos por floresta nanificada (de pequeno porte) pela disponibilidade de nutrientes e pelo vento (Laurissilva hiper-húmida); e os bosques de cedro em planaltos ou encostas muito expostas com precipitação abundante e encharcamento permanente.

Nas espécies predominantemente costeiras destaca-se a Vassoura ou Urze (Erica azorica), que é uma planta pioneira e extremamente importante na evolução da vegetação das ilhas, visto ser normalmente a primeira a colonizar áreas sem vegetação. Com o tempo, a acumulação das folhas e ramos no solo leva a um aumento do teor em matéria orgânica, tornando-o mais apropriado para outras plantas mais exigentes como a Faia ou o Pau-branco. A Faia é um arbusto de porte arbóreo que poderá ter dado o nome à ilha do Faial, visto que aqui as florestas de faia (faiais) seriam abundantes.  Ainda nas espécies costeiras destaca-se a Vidália (Azorina vidalii), uma das mais emblemáticas dos Açores, e cujo género Azorina é o único endémico dos Açores.

Da zona de média altitude destacam-se as espécies herbáceas (plantas de caule não lenhoso e maleável) Não-me-esqueças (Myosotis azorica) que são uma das mais raras espécies dos Açores e da Europa, encontrando-se em risco de extinção e ocorrendo apenas naturalmente nas ilhas das Flores e Corvo, e a Veronica dabneyi, cujo nome dabneyi foi dado devido a ser cultivada como ornamental nos jardins do Cônsul Dabney; esta espécie foi registada pela última vez em 1939 na Caldeira do Faial, foi mais tarde dada como extinta e reencontrada em 1999 na ilha das Flores e depois na ilha do Corvo. Ambas as espécies encontram-se atualmente conservadas no Jardim Botânico do Faial.

Das zonas de altitude (acima dos 700 metros de altitude), destaca-se o Queiró (Daboecia azorica), a Rapa (Calluna vulgaris) e a Erva-úrsula (Thymus caespititius), podendo as duas primeiras ser facilmente encontradas no trilho da Levada e na Caldeira.

O ecossistema da Laurissilva açoriana está nos dias de hoje extremamente ameaçado pelas atividades humanas, sobre-pastoreio, flora invasora e alterações climáticas e constitui um património valioso que importa preservar”.

ATENÇÃO:

A colocação das caches deste Power-Trail foi autorizada pela Direção Regional dos Serviços Florestais.

Não é aconselhável, porém, utilizar uma viatura normal para percorrer a”estrada” da Mapa do Bispo.

 Deverá percorrer esta via: a pé, de bicicleta, de moto, de moto-quatro ou de jeep.

Tenha também em atenção, que por vezes, esta estrada (que pertence aos Serviços Florestais) está encerrada a viaturas de quatro rodas, sendo, todavia, sempre possível passar a pé ou com veículos de duas rodas.

Este PT é constituído por dez caches (nove tradicionais e uma cache bónus).

Cada cache tradicional contém um código para a Bónus.

A CACHE:

A cache tem um formato convencional e situa-se em local público estatal (mas controlado pelos Serviços Florestais).

Deverá levar material de escrita.

Não coloque, por favor, no seu registo, fotos da cache, nem do GZ.

PT of "MATA DO BISPO"

4/10

ENGLISH

Forest of Bishops: The area of the Forest of Bishops, in the municipality of the Village, is a low-lying area that had a more disturbing invasion situation, with high density of Frankincense (Pittosporum undulatum).

"This is a low area / average altitude where you can still find some patches of natural forest, the Laurisilva Forest, however being invaded by exotic species, mainly incense and conteira".

"The Azorean forest is a structural and striking element of the identity of our landscape.

Occupying about 31% of the territory, the forest supports in the region, economic sector accounts for 1,400 jobs, generating an annual turnover of about 1.8 million, the direct sale of timber and 10, 9 million euros when booked at the level of industry first processing.

The real importance of forests will, however, far beyond its tangible value, assuming a fundamental importance in the conservation of soil, water resources, biodiversity and the role it plays for the well-being and quality of life of the population.

The Regional Directorate of Forestry of the Regional Agriculture Department and Environment is the government department that, in the Azores, protection of the forest sector, being responsible for defining and executing the planning policy, protection, development and use of forest resources, wild game and fish inland waters.

Are vast areas of intervention of the Regional Directorate and its Forest Service island, namely:

• Protection of the Forest Heritage, through licensing and supervision of forestry operations;

• Forest Development, through the technical support of private forestry projects and execution of public projects;

• Forest nurseries that produce annually thousands of native and exotic plants, with a view to afforestation;

• Recreational Forest Reserves, managed local and care in order to provide to the population, local and visitor, leisure forest areas and contact with various species of fauna and flora;

• Rural and forest paths, which constitute a structural element of the landscape and determining the agro-forestry in the region;

• Pastures uncultivated, placed at the service of the people through the lease areas or providing pastoral services;

 • hunting, through planning, monitoring, supervision and management of populations of game species and hunting exercise, and the operation of hunting posts;

 • Fish farming, for monitoring fishing activity and population resettlements from the actual produced in aquaculture stations;

 • Forest improvement, the pursuit of the Forest Improvement Plan, which for more than ten years, has focused on improving the quality and adaptability of forest species for timber production purposes;

 • Forest Inventory, which seeks to permanently characterize the Azorean forest and its evolution;

 • Information systems, Mapping and Planning, that using all the information generated daily by the normal operation of Forest Service’s creates the necessary support to the planning and definition of forest policies in the short, medium and long term. "

Forest Laurissilva recovery

"Over the LIFE Priolo project and LIFE Sustainable Laurel, several areas of natural forest or Laurisilva have intervened in order to eradicate the invasive species present and increase the quality of the habitat by planting native species. These fields require ongoing intervention so as to reduce the pressure of exotic plants invasive in this habitat. The actions developed by the LIFE project allowed recovering a significant area of laurel forest (about 275 ha. By removing invasive species). "

“LAURISSILVA” AZORES

"In the Azores there are about 1000 species of vascular plants, of which 300 are indigenous, 73 endemic, that is unique in the world, and this biodiverdidade is the largest of all regions of Europe. The natural forest of the Azores - laurissilva - is considered a living fossil of the ice age, since the last globe glaciation only in the biogeographic region of Macaronesia (the Azores archipelagos, Madeira, Canary Islands and Cape Verde) it was possible to keep it preserved by the cold action regulatory term of the Atlantic ocean. Laurel is a term originating from the Latin meaning Louros- Forest (laurus - Bay; silva - forest).

The Laurel forest can be divided into four basic types, assuming various aspects and structures according to altitude and exposure, and the species composition is diverse. Thus we have the low-lying or coastal forest dominated by beech (Myrica faya) and Pau-white (Picconia azorica), sometimes with Laurel (Laurus azorica) consisting of high forests of open structure (mésica Laurel); the average altitude forest, down from 500m, dominated by the bay (Laurus azorica) and Pau-white (Picconia azorica) in the lowlands and Sanguinho (Frangula azorica) in altitude and has high level of structural and floristic biodiversity (wet Laurel); altitude forest (above the cloud ceiling), dominated by Holly (Ilex perado ssp. azorica), the bay (Laurus azorica) and Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), consisting of “nanificada” forest (small) the availability of nutrients and wind (Laurel hyper-wet); and cedar forests in highlands or very exposed slopes with abundant rainfall and permanent waterlogging.

In the predominantly coastal species stands out the broom or heather (Erica azorica), which is a pioneering and extremely important plant in the evolution of the vegetation of the islands, as usually be the first to colonize areas without vegetation. Over time, the accumulation of leaves and branches in the ground leads to an increased content of organic matter, making it more suitable for other more demanding plants such as beech or Pau white. The Beech is a tree-sized shrub that may have given the name to the island of Faial, since here the beech forests (beech forests) would be plentiful. Even in coastal species there is the Vidalia (azorina), one of the most emblematic of the Azores, and whose gender Azorina is the only endemic of the Azores.

Average altitude zone there are the herbaceous species (stem plants not woody and malleable) not me forget (Myosotis azorica) which are one of the rarest species of the Azores and Europe are at risk of extinction and only occurring naturally on the islands of Flores and Corvo, and Veronica dabneyi, whose name was given dabneyi due to be grown as an ornamental in gardens Consul Dabney; this species was recorded for the last time in 1939 on Faial Caldeira, was later given as extinct and rediscovered in 1999 on the island of Flores and then on the island of Corvo. Both species are currently preserved in the Botanical Garden of Faial.

Of altitude areas (above 700 meters), there is the Queiró (Daboecia azorica), the Rapa (Calluna) and Yerba Ursula (thymus caespititius), can the first two easily be found in the path of Levada and boiler.

The ecosystem of the Azorean Laurel is today highly threatened by human activities, overgrazing, invasive flora and climate change and is a valuable asset that must be preserved. "

ATENÇÃO:

THE CACHE:

The cache has a conventional shape and is located in a private place.

Should bring writing materials.

Do not place, please do not register, the cache photos, or the GZ.