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CT’GENTES 4/4 | ARTES & LETRAS ILUSTRES Multi-cache

Hidden : 11/27/2016
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
1 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


Enquadramento:

«CALIPO-TOUR 1: GENTES DA TERRA – PATRIMÓNIO DE HI(E)STÓRIAS»

Os que cá nasceram, aos que porque cá passaram, pelos que fizeram história e nos deixaram hi(e)stórias!

Esta Cache está englobada num conjunto de 4 caches, destinadas a proporcionar aos amantes do Geocaching a descoberta e um interessante “passeio” pela história (d)e vida de algumas das figuras mais proeminentes e marcantes da história desta bela Calipole Alentejana. Bem-vindo a Vila Viçosa.

Convidamos-vos a visitar cada local e a apreciar cada particularidade da história de cada uma destas individualidades calipolenses. Registe o momento e partilhe com a comunidade GeoCaching.


A AVENTURA:

  • Propomos-vos um passeio pelos bustos de homenagem a 4 (quatro) das figuras mais relevantes da história e cultura de Vila Viçosa (e de Portugal, nalguns casos), num total de 4 pontos;
  • Visite cada um dos 4 pontos propostos, nas coordenadas indicadas, e procure a resposta às questões descritas abaixo;
  • Considere os Pontos de Estacionamento indicados. Poderão tornar o passeio mais rápido;
  • Utilize o mapeamento GPS, tornará o passeio mais confortável;
  • Estimamos que esta Multi-Cache possa demorar entre 45 a 60 minutos a desvendar;
  • Divirta-se.

PONTO 1 | PÚBLIA HORTÊNCIA DE CASTRO (VILA VIÇOSA 1548 – ÉVORA 1595)

Públia Hortênsia de Castro foi uma das mais notáveis e célebres figuras do humanismo português. Dotada de uma erudição ímpar e de um talento precoce extraordinário, impôs–se à estima dos maiores intelectuais do seu tempo.

Na sua terra natal aprendeu as primeiras letras. Depois, devido à inteligência e capacidade de estudo demonstrada, foi para Évora e, sob a protecção do seu parente o Arcebispo D. José de Melo, aí se matriculou no curso de filosofia da Universidade. Aos 17 anos de idade assombrava já com as suas capacidades de raciocínio os seus doutos professores. Mais tarde cursou Públia Hortênsia de Castro a Universidade de Coimbra, na companhia de um irmão, tendo aí estudado Retórica, Humanidades e Metafísica.

Em Évora, tomou parte em certames literários diversos, em discussões públicas de carácter científico, tendo ganho fama e notoriedade fazendo uso do seu brilhantismo intelectual. No antigo colégio do Espírito Santo, em 1561, prestou as provas finais para alcançar o grau de licenciada, tendo ficado célebre a sua argumentação, que impressionou fortemente as doutas personalidades que a inquiriram. André de Resende, seu mestre, rendeu-se às qualidades da sua discípula e, espantado com a capacidade demonstrada, depressa espalhou a notícia do prodígio, por entre os sábios estrangeiros com que trocava correspondência. Nos círculos culturais de Espanha, França e Itália, a novidade causou assombro e despertou o interesse e a curiosidade das mais insignes figuras da época.

Em 1574, Públia Hortênsia de Castro começa a frequentar o Paço Real de Évora e a erudita academia da infanta D. Maria.

Em 1581, vendo-se sozinha e abandonada por quem a protegera até então, tendo mais de 30 anos de idade, desgostosa com a ingratidão do poder, Públia Hortênsia de Castro, resolve consagrar-se a Deus e entra no Convento do Menino Jesus da Graça, em Évora, da Ordem dos Agostinhos. Na clausura conventual faleceu em 1595, com 47 anos de idade.

Faleceu sem ter feito obra marcante, mas do seu talento ficou testemunho o que escreveu em alguns livros de prosa e verso, em cartas escritas em latim e em português, e uns diálogos sobre teologia e filosofia, a que deu o título de Flosculos Theologicales.

In: http://omundodahortense.blogspot.pt/2010/11/publia-hortensia-de-castro.html

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PONTO 2 | FLORBELA ESPANCA (VILA VIÇOSA 1894 – MATOSINHOS 1930)

Florbela Espanca, batizada com o nome Flor Bela de Alma da Conceição, foi uma poetisa portuguesa. A sua vida de trinta e seis anos foi tumultuosa, inquieta e cheia de sofrimentos íntimos que a autora soube transformar em poesia da mais alta qualidade, carregada de erotização e feminilidade.

Filha de Antónia da Conceição Lobo e do republicano João Maria Espanca nasceu no dia 8 de Dezembro de 1894 em Vila Viçosa, no Alentejo. Seu pai era casado com Mariana do Carmo Toscano. A sua esposa não pôde dar-lhe filhos. Porém, João Maria resolveu tê-los – Florbela e Apeles, três anos mais novo – com outra mulher, Antónia da Conceição Lobo, de condição humilde. Ambos os irmãos foram registados como filhos ilegítimos de pai incógnito. Entretanto, João Maria Espanca criou-os na sua casa, e Mariana passou a ser madrinha de baptismo dos dois. João Maria nunca lhes recusou apoio nem carinho paternal, mas reconheceu Florbela como a sua filha em cartório só dezoito anos depois da morte dela.

Entre 1899 e 1908, Florbela frequentou a escola primária em Vila Viçosa. Foi naquele tempo que passou a assinar os seus textos Flor d’Alma da Conceição. As suas primeiras composições poéticas datam dos anos 1903-1904: o poema “A Vida e a Morte”, o soneto em redondilha maior em homenagem ao irmão Apeles, e um poema escrito por ocasião do aniversário do pai. Em 1907, Florbela escreveu o seu primeiro conto: “Mamã!” No ano seguinte, faleceu a sua mãe, Antónia, com apenas vinte e nove anos.

Flor ingressou então no Liceu Masculino André de Gouveia em Évora, onde permaneceu até 1912. Foi uma das primeiras mulheres em Portugal a frequentar o curso secundário. Devido à Revolução republicana de 5 de Outubro de 1910, os Espanca mudaram-se para Lisboa. Florbela interrompeu os estudos mas aproveitou o tempo para leituras (Balzac, Dumas, Camilo Castelo Branco, Guerra Junqueiro, Garrett).

Em 1916, de volta a Redondo, a poetisa reuniu uma selecção da sua produção poética desde 1915, inaugurando assim o projeto Trocando Olhares. A coletânea de oitenta e cinco poemas e três contos serviu-lhe mais tarde como ponto de partida para futuras publicações. Na época, as primeiras tentativas de promover as suas poesias falharam. No mesmo ano, Florbela iniciou a colaborar como jornalista em Modas & Bordados (suplemento de O Século de Lisboa), em Notícias de Évora e em A Voz Pública, também eborense. A poetisa regressou de novo a esta cidade em 1917. Completou o 11º ano do Curso Complementar de Letras e matriculou-se na faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Foi uma das catorze mulheres entre trezentos e quarenta e sete alunos inscritos.

Em 1919 saiu finalmente a sua primeira obra, Livro de Mágoas, antologia de poemas. Em 1922, a 1 de Agosto, na recém fundada Seara Nova publicou o seu soneto “Prince charmant...”, dedicado a Raul Proença. Em Janeiro de 1923 veio a lume a sua segunda coletânea de sonetos, Livro de Sóror Saudade, edição paga pelo pai da poetisa. Para sobreviver, Florbela começou a dar aulas particulares de português.

Em 1927 a autora principiou a sua colaboração no jornal D. Nuno de Vila Viçosa, dirigido por José Emídio Amaro. Naquele tempo não encontrava editor para a coletânea Charneca em Flor. Preparava também um volume de contos, provavelmente O Dominó Preto, publicado postumamente apenas em 1982.

Em homenagem ao irmão, Florbela escreveu o conjunto de contos de As Máscaras do Destino, volume publicado postumamente em 1931. Entretanto, a sua doença mental agravou-se bastante. Em 1928 ela teria tentado o suicídio pela primeira vez.

Em 1930 Florbela começou a escrever o seu Diário do Último Ano, pubicado só em 1981. A 18 de Junho principiou a correspondência com Guido Battelli, professor italiano, visitante na Universidade de Coimbra, responsável pela publicação da Charneca em Flor em 1931. Na altura, a poetisa colaborou também no Portugal feminino de Lisboa, na revista Civilização e no Primeiro de Janeiro, ambos do Porto.

Após o diagnóstico de um edema pulmonar, a poetisa perdeu o resto da vontade de viver. Não resistiu à terceira tentativa do suicídio. Faleceu em Matosinhos, no dia do seu 36º aniversário, a 8 de Dezembro de 1930. A causa da morte foi a sobredose de barbitúricos.

A poetisa teria deixado uma carta confidencial com as suas últimas disposições, entre elas, o pedido de colocar no seu caixão os restos do avião pilotado por Apeles na hora do acidente. O corpo dela jaz, desde 17 de Maio de 1964, no cemitério de Vila Viçosa, a sua terra natal.

In: http://omundodahortense.blogspot.pt/2010/11/florbela-espanca.html

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PONTO 3 | DR. COUTO JARDIM (VILA VIÇOSA 1879 – 1962)

Nasceu em Vila Viçosa a 16 de Agosto de 1879 numa casa da Rua de Santo António, filho do médico João Gomes Jardim. A sua família é proveniente da Ilha da Madeira.

Em Julho de 1903, concluiu o curso de Medicina na Universidade de Coimbra e de imediato se deslocou para Vila Viçosa, para exercer a profissão de médico na terra que o viu nascer.

Foi homem que cumpriu a sua missão com elevado profissionalismo e imbuído de um sentimento profundo de amor pelo próximo. Não se limitou a aplicar na sua prática clinica os conhecimentos aprendidos durante os anos de licenciatura, foi um estudioso durante toda a sua vida, procurando sempre contactar com os avanços e descobertas que, no campo da ciência médica, no país e no estrangeiro, foram tendo lugar. Era assíduo frequentador de congressos e encontros científicos, algo de invulgar para a época. Até ao final dos anos 20 do século passado, frequentou o curso de Radiologia da Universidade de Paris, de modo a ficar a par das potencialidades dessa nova técnica de diagnóstico clínico. 

Quanto à sua dedicação e humanismo, um episódio passado pode servir de ilustração: ao oferecerem-lhe um automóvel, como forma de agradecimento pelos serviços prestados à comunidade, pediu aos calipolenses de quem partiu a iniciativa desse gesto generoso, que não o levassem a mal mas como passava bem sem a viatura, pretendia vendê-la e com o dinheiro resultante adquirir um aparelho de radiologia para o Hospital de Vila Viçosa, o que concretizou efetivamente.

De facto, sempre se mostrou nada interessado em possuir bens materiais e muitas foram as vezes em que deu consultas gratuitas, em particular aos que a ele precisaram de recorrer por motivos de saúde e não tinham meios de pagar o serviço prestado.

A doença dos seus pacientes era motivo da sua maior preocupação, sendo incansável na busca da melhor terapêutica para debelar as enfermidades. Por sua iniciativa, fazia visitas ao domicílio sem nada cobrar por isso. As situações de miséria com que, por vezes, deparava, provocavam nele um sentimento de piedosa caridade, fazendo com que, para além de dar o seu melhor a título gratuito, partir depois deixando todo o dinheiro que levava consigo.

Estas qualidades souberam os calipolenses reconhecer. Em 1953 foi organizada uma grande festa de homenagem em sua honra, por ocasião da comemoração dos 50 anos de exercício da sua actividade como médico em Vila Viçosa.

Na doença, revelou-se invulgarmente lucido e sereno. Faleceu aos 82 anos de idade, no dia 14 de Novembro de 1962. 

O seu funeral desejou que sucedesse de forma simples e singela. Cumpriu-se a sua vontade. Deixou em testamento a sua casa na antiga Rua de Cambaia à Santa Casa da Misericórdia, para instalação de um jardim de infância.

Vila Viçosa, honrou a sua memória por várias vezes, atribuindo o seu nome a uma rua e a uma associação juvenil e cultural, ergueu-lhe uma estátua e escolheu o dia do seu nascimento, 16 de Agosto, para feriado municipal.

In: http://dnunalvarespereira.blogspot.pt/2006/06/dr-couto-jardim.html

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PONTO 4 | HENRIQUE POUSÃO (VILA VIÇOSA 1859 – 1884)

Pintor português, Henrique César de Araújo Pousão nasceu em 1859, em Vila Viçosa. Em 1872 inscreveu-se na Academia Portuense de Belas-Artes, tendo partido em 1880 como bolseiro para Paris. Foi discípulo de Ivon e Cabanel. Esta estadia viria, contudo, a afetar-lhe definitivamente a saúde. Procurou em Itália condições climatéricas mais favoráveis, e da sua passagem por Roma ficariam alguns notáveis retratos, entre os quais o de Cecília. Estabeleceu-se finalmente em Capri até 1883. Aí aperfeiçoou o sentido da luz e a dimensão da cor, que soube exprimir como nenhum outro artista da sua geração. De volta a Portugal, morreu de tuberculose em Vila Viçosa, em 1884.

Muitas das suas obras constam de pequenas tábuas (paentes no Museu Nacional Soares dos Reis, por exemplo), apontamentos pictóricos que marcam a busca de uma estética muito pessoal, afastada do puro descritivismo, mas igualmente dos processos impressionistas. Em Casa das Persianas AzuisVista de Capri e Casas Brancas de Capri, a arquitetura mediterrânica serve de pretexto a uma geometrização das formas, a uma preocupação pela estrutura e pelo elaborar de uma pintura enquanto espaço autónomo. Esta atitude poderá ser encontrada, por exemplo, em Paul Cézanne, ou mesmo nos começos do Cubismo.

In: Henrique Pousão in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016. [consult. 2016-11-26 02:28:19]. Disponível na Internet: https://www.infopedia.pt/$henrique-pousao


O DESAFIO:

1. Propomos que visite cada um dos pontos indicados;

2. Em cada um dos locais encontre a resposta à pergunta correspondente:

  • No Ponto 1 : A = Em quantas lajes retangulares (exteriores) assenta a estrutura do busto da Hortência?
  • No Ponto 2 : B = Quantas laranjeiras guardam Florbela (na mesma calçada)?
  • No Ponto 3 : C = Com quantas letras "se assinava" Couto Jardim (antes de ser Médico)?
  • No Ponto 4 : D = Quantos livros lê Cecília?

O DESTINO FINAL:

3. Agora é fazer contas e encontrar as coordenadas finais …

N 38° B6.(80xA) W 007° (C+1).0D2


Tome Nota:

  • Considere os atributos indicados. Podem ser uma boa ajuda;
  • Seja discreto e tenha atenção aos Muggle’s que possam eventualmente estar a observa-lo.  A manutenção desta cache para os próximos visitantes depende disso;
  • Preserve o Container, manuseando-o com cuidado e voltando a coloca-lo no exato sitio onde o encontrou;
  • Esta Cache não contem material de escrita. Deve levar material de escrita consigo;
  • Respeite o espaço e as regras do Geocaching não danificando o local, nem deixando qualquer tipo de resíduos/lixo;
  • Divirta-se!

Additional Hints (Decrypt)

Cbe onvkb

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)