O Mosteiro do Divino Salvador de Moreira, também conhecido como Igreja Matriz, Igreja Conventual ou não-oficialmente como “Catedral das Terras da Maia” é um mosteiro de arquitetura de estilo Maneirista, localizado na freguesia de Moreira, concelho da Maia. É a igreja matriz da freguesia.
Foi fundado em 832, sendo transferido em 1060 para a localização atual. O mosteiro atual data de 1622. Antes de ingressar na Congregação de Santa Cruz de Coimbra, em 1565, era o mais importante mosteiro da Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, precedendo a todos os outros em importância e antiguidade no bispado do Porto.
Com a extinção das ordens religiosas em 1834, a cerca do Mosteiro foi separada da Igreja e vendida a privados, passando a certa altura a ser propriedade de Luís de Magalhães, ilustre membro da Geração de 70, trazendo alguns dos seus pares, como Eça de Queirós, Antero de Quental, Oliveira Martins, Jaime de Magalhães Lima, Alberto Sampaio e António Feijó. A Quinta do Mosteiro é inclusive referida por Eça de Queirós como a "Quinta de Refaldes" na sua obra A Correspondência de Fradique Mendes.
É no mosteiro de Moreira que se encontra a belíssima relíquia do Santo Lenho de Moreira, um fragmento da Cruz de Cristo chegado ao mosteiro antes de 1085 por mãos de cruzados, à qual são atribuídos diversos milagres.
O mosteiro encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público desde 2012.[1]