Localizada nas margens do rio Almonda, a cerca de dois quilómetros de Torres Novas, a aldeia de "Lapas" ostenta no seu termo vestígios arqueológicos que confirmam a procura da zona por parte de comunidades humanas desde a Pré-história, em grande parte mercê das boas condições naturais que sempre propiciou à sua sobrevivência, a exemplo do próprio rio, o mesmo que garantiria a fixação de gentes em períodos subsequentes, nomeadamente durante a Idade Média.
É justamente sob esta povoação que foi identificada uma rede de galerias rasgadas em rocha calcária da região, de fácil extracção e entalhe ("tufo"), cuja atribuição cronológica ainda não foi determinada em definitivo, anda que as escavações arqueológicas conduzidas no arqueossítio nos anos cinquenta do século passado trouxessem à luz do dia artefactos neolíticos, como lâminas e machados de pedra polida (Cf. ALMEIDA, F. de, FERREIRA, O. da V., 1959). Não obstante, avança-se em simultâneo a possibilidade de as grutas terem sido abertas já no período romano com vista à extracção de pedra, para os mais variados tipos de construção, ou de minério (conquanto nunca tivesse sido encontrado), não invalidando, contudo, o facto de terem sido recolhidos materiais correspondentes a uma presença humana no local desde, precisamente, o Neolítico (vide supra) (Cf. FERREIRA, O. da V., ZBYSZEWSKI, G., 1974).
Prova disto mesmo são, para além de alabardas e de uma enxó encabada em calcário, a juntar aos supracitados objectos (vide supra), a existência de ossadas humanas aparentemente associadas às características placas de xisto gravadas.
Como sucede com tantas outras tipologias arqueológicas, as grutas de Lapas foram envoltas em diversas lendas locais, muitas das quais relativas aos sempre presentes "tesouros encantados", normalmente atribuídos à presença dos mouros no actual território português, até à crença de que as galerias conduziriam ao castelo de Torres Novas. É, em todo o caso, um testemunho mais de como os mesmos lugares acabam por ser reutilizados ao longo dos tempos, reapropriando-se, de algum modo, a simbólica subjacente, não sendo, por conseguinte, surpreendente que edificassem, por exemplo, uma igreja no terreno por baixo do qual se estendem as grutas.
[AMartins]
As coordenadas indicadas são as da entrada da gruta. Para encontrar a cache deverá dirigir-se dentro das grutas e próximo da entrada numa vitrina observar atentamente o esqueleto de um equídeo. Contar o número de ossos ou parte deles para encontrar o valor A, mais à frente vai encontrar um expositor onde estão os vários tipos de Tufos, deverá contar quantos tipos de tufos e terá o valor B e de Arenitos para o valor C.
Dirija-se então a : N 39° 29.533 + A W008° 33.2 ( B - C ) 8