A Freguesia da Lage «Dista cerca de 4 Km da sede do concelho, e está situada na margem esquerda do rio Febros, afluente do Cávado. Parte desta freguesia foi do Couto de Moure (na antiga comarca de Guimarães), e era, toda ela abadia da apresentação do ordinário. Pertenceu depois ao concelho de Prado, extinto em 24 de Setembro de 1855. Esteve na comarca de Braga e dali transitou para a de Vila Verde em 1862.
Uma curiosa lenda tenta explicar a origem do nome da povoação. Conseguindo libertar-se, lá muito alto, da águia que a arrebatara, certa raposa, ao sentir-se desamparada no espaço, grita, aflita, para uma laje, contra a qual julgava estatelar-se: “Arreda, laje, que te parto!”.
A igreja paroquial, em estilo D. João V, é a mais ampla do concelho, sólida construção com paredes de dois metros de espessura.
No outeiro de Santa Helena há uma capelinha desta invocação, de onde se aprecia um vasto panorama.
Estão localizados nesta freguesia vários solares. Estes eram residências senhoriais de implantação rural e constituem uma área importante da arquitectura doméstica, com modelos-tipos bem definidos e uma evolução própria, desde a simples torre medieval até às quintas oitocentistas. A casa deixaria posteriormente de ser o único elemento arquitectónico e urbanístico das quintas nobres. Embora se mantenha o elemento espacial, funcional e volumétrico mais importante, o edifício passa a estar rodeado de jardins bem cuidados, projectados à maneira renascentista ou em forma de labirintos maneiristas, onde surgem pavilhões e casas de fresco. No século XVIII, registou-se o período de maior originalidade do solar português, então verdadeiramente tipificado. Com o domínio espanhol, a nobreza afastara-se para a província, ruralizara-se e construíra novas residências.»
Capela e Miradouro de Santa Helena
No Outeiro de Santa Helena, no alto do Monte de Santa Cruz, também conhecido por Monte de Santa Helena encontra-se a Capela de Santa Helena, implantada no ponto mais relevante da zona envolvente.
A capela serve de local de culto e devoção à santa que lhe dá o nome, culto esse que tem como ponto alto a festa em honra da Santa Helena, padroeira dos emigrantes, uma das festas mais conhecidas e visitadas do concelho de Vila Verde, que se realiza no terceiro domingo de Agosto.
No adro da capela, que pela sua posição se assume como miradouro, de onde se aprecia um vasto panorama sobre o vale do Cávado, encontra-se também um painel de azulejo que foi pintado por um artista local e ali colocado para assinalar o fim da requalificação da zona envolvente à capela.