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Hot Hot H2O - EC01 EarthCache

Hidden : 11/14/2018
Difficulty:
3 out of 5
Terrain:
1 out of 5

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Geocache Description:



Geotermia - Hot Hot H2O

Considera-se uma Fonte Termal, as nascentes naturais de água com temperaturas mais elevadas que a do corpo humano (normalmente entre os 36,5 ºC e os 37,5 ºC). A água subterrânea aquecida (aquífero termal) pode surgir pelo calor originado pelo gradiente geotérmico ou por processos de vulcanismo (1).

A palavra geotérmica deriva da língua grega, e que é composto por dois afixos: geo (“Terra”) e thermos (“calor”), ou seja, “calor da Terra”. A noção de energia geotérmica, considerada como um recurso natural, refere-se à energia conseguida a partir do aproveitamento de calor do interior da Terra. (3)

 

A energia geotérmica é responsável pelo movimento das placas tectónicas bem como pelos movimentos que provocam o aparecimento de fendas na superfície da terra. E pode ser obtida pelas várias fontes:

     • Das águas termais que se encontram a pouca profundidade e que emanam vapor;

     • Pelo magma (mistura de rochas fundidas e gases) apesar de não haver recursos tecnológicos suficientes para uma exploração industrial do mesmo (3).

 

Em função da temperatura, a energia geotérmica pode dividir-se em:

     • De muito baixa temperatura (utilizada para a agricultura ou para fins domésticos);

     • De baixa temperatura (com fluidos de entre 50ºC e 70ºC);

     • De temperatura média (entre 70ºC e 150ºC);

     • De alta temperatura (entre 150ºC e 400ºC).

A energia geotérmica não é totalmente renovável, pois os jazigos geotérmicos podem esgotar-se e/ou arrefecer.

 

As ocorrências de água sulfúrea explicadas estão confinadas ao Centro do país (Figura 1) distribuindo-se pelos distritos de Viseu, Guarda, Coimbra e Castelo Branco. A Tabela 1 fornece alguns dados sobre a implantação geográfica das nascentes.

Em termos morfológicos, parte das nascentes distribui-se por uma unidade que Ribeiro (1949) designou como plataforma da Beira Alta, que corresponde a uma superfície de aplanação poligénica drenada pelo Rio Mondego e seus afluentes, e que foi, mais recentemente, designada por plataforma do Mondego (Brum Ferreira, 1978). É uma extensa área cuja origem tectónica corresponde ao abatimento entre os blocos levantados do maciço do Caramulo a NW, e da Cordilheira Central Portuguesa a SE. Este planalto beirão que descai para SW, o mesmo sentido em que correm os rios Mondego, Dão e Alva atinge altitudes compreendidas entre os 200 metros (em Santa Comba Dão) e os 600 – 700 metros na passagem a NE para o planalto da Nave. Estes planaltos centrais terminam de encontro aos grandes desligamentos tardi-hercínicos com orientação NNE-SSW correspondentes às falhas de Verin - S. Pedro do Sul-Penacova a Oeste, e Bragança-Vilariça-Manteigas-Unhais da Serra a Este. Entre estes dois acidentes tectónicos, pode esboçar-se um largo graben, preferencial para o hidrotermalismo. O limite setentrional da plataforma do Mondego é definido pela bordadura montanhosa formada pelas serras do Caramulo (1075 m de altitude máxima), Arada, Montemuro e Lapa (950 m), sendo o limite meridional a Cordilheira Central (serras do Açor e da Estrela – 1993 m). Na Serra da Lapa nasce o rio Vouga que corre para Oeste, no rebordo da plataforma do Mondego, e é na sua bacia hidrográfica que se localizam as nascentes de S. Pedro do Sul e do Carvalhal. Nos contrafortes da Serra da Estrela situam-se as Caldas de Manteigas, à saída do vale tectónico do Alto Zêzere, e na vertente Sudoeste da serra as termas de Unhais, próximas do vale de fractura da Ribeira de Alforfa, que virá dar lugar à Ribeira de Unhais, afluente do

”Fig1”

Figura 1 – Mapa sobre a localização geográfica das nascentes, com a indicação da rede hidrográfica principal e de algumas serranias.

Tabela 1 – Dados sobre a localização geográfica, enquadramento geológico e furos de extracção das águas minerais estudadas

”Tab1”

Tabela 1.1 – Continuação.

”Tab11”

Zêzere. Estes dois vales glaciários instalaram-se no alinhamento estrutural de Bragança – Manteigas – Unhais da Serra. Ainda na dependência daquele desligamento, no seu troço Bragança – Vilariça – Manteigas, desenvolveu-se a Sul do Rio Douro a bacia tectónica (graben) de Longroiva encontrando-se nas bordas W das falhas as zonas onde surgem águas minerais. Ainda para W, encontramos o vale de fractura da Ribeira da Teja, afluente da margem esquerda do Rio Douro, com orientação S-N e com o qual se relacionam as nascentes de Areola. As outras nascentes referidas neste trabalho situam-se em plena plataforma do Mondego, pertencendo as nascentes do Granjal, Sangemil, Alcafache, Sezures e Cavaca à sub-bacia hidrográfica do Dão, Felgueira e S. Geraldo à bacia do Mondego (Figura 2 e Tabela 1). Dentro de uma área de 10 km2 centrada sobre as nascentes, encontram-se altitudes, em média 200 m, superiores às altitudes de emergência (Tabela 1).

A uma escala regional estas águas minerais sulfúreas estudadas das Beiras relacionam-se, principalmente, com os já referenciados alinhamentos estruturais NNE-SSW (S. Pedro do Sul e Carvalhal a Oeste, Unhais, Manteigas e Longroiva a Este). Na parte central da região, são mais frequentes as nascentes dispostas ao longo de estruturas NE-SW, no alinhamento de subordinação das águas minerais do Granjal, Sangemil e Alcafache à provável Falha do Dão e das Caldas da Felgueira, na dependência da Falha do Mondego. (Figura 2). Estas estruturas, ajustam-se ao andamento NE-SW do relevo, dos cursos de água e à tectónica que condiciona a vertente NW da Serra da Estrela.

Embora associadas a grandes acidentes tectónicos, as exsurgências estão a uma escala local subordinadas a fracturas secundárias transversas ou subparalelas, activas ou inactivas, funcionando como canais preferenciais para a subida das águas minerais.

”Fig 2”

Figura 2 – Esboço tectónico para as nascentes sulfúreas alcalinas da região das Beiras (adaptado de Portugal Ferreira, 1996).

Termas de S. Pedro do Sul

É uma das mais conhecidas e frequentadas termas do país, situada em plena região de Lafões. Na emergência natural a água brota a uma temperatura de cerca de 66 ºC, perto da margem esquerda do Rio Vouga e a uns 25 metros acima do leito, e é a segunda água mais quente de Portugal Continental, 10 ºC abaixo da temperatura da água gasocarbónica de Chaves.

A grande falha Verin-Chaves-S.Pedro do Sul-Penacova, que atravessa com orientação NNE-SSW o Norte e Centro do país, passa na região termal definida por S. Pedro do Sul e Carvalhal, e pensa-se relacionada com esses pólos hidrotermais. Aquela mega estrutura onde intersectada por falhas locais promoverá as ressurgências de águas termais: uma falha N 0º – 10º E conhecida por falha de Ribamá intersecta aquela mega estrutura e conduz o fluxo hídrico desde grandes profundidades e distâncias, alcançando a superfície na área das termas por efeito do cruzamento de uma falha N 30º- 40º E (falha das Termas) e de falhas transversas N 70º W que desenvolvem uma melhor condutividade hidráulica dos canais, facilitando a emergência da água termal (Pereira e Ferreira, 1985; Lemos et al. 1992).

Ainda no leito do Rio Vouga a cerca de 1 km para SW das termas de S. Pedro do Sul e sobre a falha das Termas, nascem águas sulfúreas que apresentam as mesmas características físico-químicas quando captadas em profundidade e correspondem às emergências do Vau.

A nascente principal em S. Pedro do Sul apresenta um débito de cerca de 10 L/s, sendo visíveis agregados esbranquiçados de uma microflora denominada biogleia, aderente às paredes da gruta onde brota a água termal e fica em contacto com a atmosfera terrestre, aparecendo também, por vezes, na canalização e na água das piscinas do balneário termal.

”Fig3” ”Fig4”

 

O  Furo AC 1 constitui uma captação, com um comprimento de 500m, estrategicamente realizada de modo a intersectar uma extensa falha tectónica activa que conduz fluxos de água subterrânea desde grandes distâncias e profundidades. Este furo foi realizado em 1997 e teve como objectivo obter água mineral termal similar à captada na Nascente Tradicional, de modo a reforçar o caudal da exploração. Do furo brota água em artesianismo (naturalmente e sem bomba), causando uma quebra no caudal da nascente de 8L/s.

São águas exactamente similares às águas captadas na Nascente Tradicional, ou seja, de grande riqueza em elementos químicos, designando-se por águas minerais sulfúreas, alcalinas, bicarbonatadas sódicas, fluoretadas e muito ricas em sílica.

Para tornar possível o seu uso medicinal, é necessário proceder ao seu arrefecimento prévio até cerca dos 37ºC, através de um sistema de permuta de calor, sendo este excedente de temperatura utilizado, na climatização de edifícios nas imediações das Termas (4).

 

Para poderes efectuar o “FOUND IT” é necessário responderes às seguintes perguntas correctamente:

  1. A que temperatura brota a água do Furo AC 1?
  2. Como classificarias a energia geotérmica deste furo?
  3. Qual o caudal do Furo AC 1 em litros?
  4. Este teve algum impacto no caudal da fonte, se sim qual?
  5. Por último tira uma foto que te identifique e que contenha a data da descoberta (por ex. papel com Nick e data). A fonte terá de aparecer!
  • NOTA: Todas as respostas são de valores exactos, não serão aceites respostas por aproximação!

Bibliografia:

  1. Fonte Termal
  2. Termas de Portugal
  3. Conceito de Energia-geotermica
  4. Doutoramento de Manuel Morais “Especialidade em Hidrogeologia e Recursos Hídricos” 2012
  5. Termas de S. Pedro do Sul
  6.  Geothermal Marin  
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Additional Hints (Decrypt)

Hfr gur cyngr! Be abg...

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)