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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Esta cache leva-lo-á à Epigenia do Ceira, também conhecida por Epigenia da Sra. da Candosa.
Epigenia - Fenómeno conducente à formação de vales epigénicos. O mesmo que sobreimposição.
Vd. EPIGÉNICO (VALE). Epigénico (Vale) ou Epigenite - Vale originado por curso de água cujo percurso se iniciou através de formação de cobertura, facilmente erodível, mas que, ao atingir formações subjacentes, mais antigas e mais duras, continuou a erodi-las e a
encaixar-se nas mesmas. O canhão quartzítico da Senhora da Candosa, com cerca de 100 metros de profundidade, rasgado pelas águas do rio Ceira é um dos mais belos e interessantes locais do percurso do rio Ceira.
O acesso faz-se pela estrada N342-3 que liga Serpins a Vila
Nova do Ceira. Quando vir a placa a indicar o miradouro da Sra. da
Candosa, vá dar uma espreitadela para ter uma perspectiva do que o
espera. Provavelmente irá pensar duas vezes antes de continuar para
a cache... Não se assuste! Volte à estrada e continue até chegar a
uma ponte. Atravesse a ponte e corte na segunda estrada à direita
(a primeira leva-o a Ribeira da Fundeira). Esta estrada de terra
foi aberta para fazer a ligação de comboio entre Serpins e Arganil,
tendo o projecto sido abandonado devido à dificuldade em terminar o
túnel paralelo à epigenia e através da crista quartzítica, por onde
o comboio deveria passar. Estacione o carro no Ponto 1 em 40º 10'
587'' - 008º 10' 493''. O fenómeno à sua frente é a Epigenia do
Ceira. Daqui para a frente tem duas hipóteses: ou leva um barquito
de borracha ou terá de passar pelo túnel que se avista logo à
chegada.
É necessário deixar bem claro algumas recomendações para quem quer fazer esta cache:
1 - Não leve crianças para além do Ponto 1. O terreno é mesmo muito perigoso, principalmente se tiver
chovido. Nesse caso aumente o grau de dificuldade do terreno para 5.
2 - Evite ir sozinho. 3 - Boa forma física é indispensável.
Dependendo do trilho por que optar, provavelmente terá de fazer
pequenos exercícios de escalada. 4 - Se optar pelo túnel lembre-se
de marcar o ponto de saída do outro lado no GPS para poder
regressar. Provavelmente irá perder-se! 5 - Não faça, de maneira
nenhuma, esta cache durante a noite! Para além de perder o
espectáculo da paisagem, estará a correr um grande risco. A cache é
um tuperware com 13x13cm que está dentro de um saco preto. A carta
militar 1/25000 da área tem o número 242. Para fazer a cache isto é
tudo o que precisa de saber. Mas se quiser uma explicação mais
académica sobre a epigenia, leia o texto seguinte. Boa caçada!
Epigenia do Ceira O Mondego e o Ceira que só no Quaternário s.s.
definiram os seus cursos, atravessam por antecedência, em gargantas
de perfil extremamente tenso, o Maciço Marginal de Coimbra. O
problema consiste em decidir que lugar se há-de fazer à tectónica
quaternária e à erosão, comandada pelas oscilações do nível de
base, na interpretação deste relevo jovem. A bela garganta do
Cabril do Ceira, onde este rio corta a barra quartzítica que
prolonga a serra do Buçaco, vendo-se que atravessou toda a
espessura dos depósitos que afloram na proximidade, até serrar as
bancadas de rocha dura, é certamente uma das epigenias mais
demonstrativas do mundo. Infelizmente o rebordo marginal opõe um
obstáculo sério a qualquer correlação com o que se passou do lado
do mar. Este, no Pliocénico, cobria toda a extensão de terrenos da
orla e talhou, no maciço antigo, arribas vigorosas. Um testemunho
está milagrosamente conservado ma mata de São Pedro, perto de
Pampilhosa do Botão, a 260 m (areias marinhas e rebolos do pé da
arriba). Uma bela aplanação, admiravelmente conservada no quartzito
e prolongada pelos cimos regulares do xisto, se não foi talhada
pelo mar sofreu o seu retoque ou estabeleceu-se em função do nível
de base de então. Só uma restituição minuciosa deste litoral, ou
melhor, dos litorais sucessivamente embutidos, permitiria partilhar
o que pode imputar-se ao eustatismo e o que resulta de deformações
posteriores. Extraído de: Excursão à Estremadura e Portugal Central
- Orlando Ribeiro. “Finisterra. Revista Portuguesa de
Geografia”. Lisboa, vol.3, nº 6 (1968), p.283-287.
Additional Hints
(Decrypt)
N pnpur "qbezr" pbz bf zbeprtbf.
(Gur pnpur "fyrc" jvgu gur ongf)