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The Mountain Shrine [Lousã] Traditional Geocache

Hidden : 4/24/2006
Difficulty:
3.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:

ENG: If you need an english translation on this cache, please call me by email.

The Mountain Shrine




Situado a pouco mais de dois quilómetros do centro da Lousã, existe um castelo com vista deslumbrante, uma piscina natural cuja água cristalina provém de diversas nascentes da Serra circundante e um santuário único, pela sua localização.
O acesso pode ser feito de carro a partir do centro da Lousã. A estrada está bem sinalizada e não é difícil chegar até o Castelo - ponto de início para esta caçada. Uma vez lá, o estacionamento deverá ser feito em N 40º 06.029' W 008º 14.138', nas sombras da vegetação de grande porte que rodeiam o castelo, em especial pinheiros e carvalhos.
O Castelo é uma fortificação construída no alto de um dos montes da serra, com uma vista privilegiada e estratégica. Trata-se de um castelo de defesa com uma torre principal maior do lado direito e algumas menores do lado esquerdo.

O CASTELO MEDIEVAL

Admite-se que a edificação (ou reedificação) do Castelo de Arouce, também conhecido por Castelo da Lousã, remonta a 1080, quando a povoação foi pacificamente ocupada pelo conde Sesnando Davides, governador da circunscrição conimbricense, cujo mandato lhe foi outorgado por Fernando Magno, soberano que havia conquistado Coimbra aos mouros desde 1064, trazendo a Reconquista cristã da Península Ibérica até à região das serras da Estrela e da Lousã.
Conquistado pelos mouros durante a ofensiva de 1124, foi reocupado e reparado por D. Teresa de Leão. Com a independência de Portugal, passou a integrar a linha raiana do Mondego até 1147, quando da conquista de Santarém e de Lisboa pelas forças de D. Afonso Henriques (1112-1185), que a estendeu até ao Tejo. Nesse período, aqui vinha passar o Verão a sua esposa, a rainha D. Mafalda de Sabóia, com a sua corte. Na Carta de Foral que este soberano concedeu a Miranda do Corvo (1136), faz alusão ao Castelo de Arouce, que viria a receber o próprio foral em 1151. Mais tarde, em 1160, um novo documento alude à Lousã, distinta de Arouce, o que demonstra que a antiga povoação romana voltara a ser ocupada com a pacificação da região, prosperando de tal forma que recebeu foral em 1207, sob o reinado de D. Afonso II (1211-1223).
Em algum momento do século XIV, foi erguida a torre de menagem do Castelo. Sob o reinado de D. Manuel I (1495-1521) a Lousã recebeu Foral Novo (1513), época a partir da qual o castelo medieval passou a ser conhecido como Castelo da Lousã.
A Lousã e seus domínios foram senhorio dos duques de Aveiro até 1759, quando passaram para a Coroa portuguesa. A partir de então, a acção dos elementos, a dos séculos e a de vândalos em busca dos lendários tesouros de Arouce, causaram significativos danos ao monumento, inclusive ameaçando a derrocada da Torre de Menagem. Isto porque, devido a uma antiga lenda, à época da ocupação muçulmana da Península Ibérica, o castelo foi erguido por Arunce, um emir ou chefe islâmico derrotado e expulso de Conímbriga, para a protecção de sua filha Peralta e seus tesouros, enquanto ele se deslocasse ao Norte de África em busca de reforços contra as forças cristãs que, cada vez mais, apertavam o cerco às terras muçulmanas.

Os trabalhos de consolidação e restauro
No século XX foi classificado como Monumento Nacional por Decreto publicado em 23 de Junho de 1910. A intervenção do poder público iniciou-se em 1925, e novamente em 1939, quando lhe foram procedidos trabalhos de conservação e reparação por parte da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Uma campanha mais extensa teve lugar entre 1942 e 1945, e, outras, pontuais, nos anos de 1950, 1956, 1964, 1971 e 1985. Esses trabalhos mantiveram o monumento em bom estado de conservação até aos dias de hoje, preservado numa paisagem florestal, que relembra os primórdios da nacionalidade portuguesa.

Características arquitectónicas
O castelo, de pequenas dimensões, apresenta planta no formato hexagonal irregular, no estilo românico e gótico. As muralhas, em alvenaria de xisto, são reforçadas por três cubelos (um a Sudoeste, e dois, menores a Oeste). Outros dois, semi-cilíndricos, flanqueiam o portão de entrada, a sudeste. Atravessando-se este, abre-se uma praça de armas com cerca 130 m2.
O topo das muralhas é percorrido por um adarve, defendido por merlões chanfrados. Adossada à muralha, pelo lado norte, ergue-se a Torre de Menagem, com planta quadrangular, ameada. Nela se rasga uma porta em arco ogival, ao nível do adarve, com seteiras pelo lado oposto, e mais duas portas no pavimento superior, em cada uma das fachadas. É encimada por merlões chanfrados.

 

A PISCINA FLUVIAL

As águas da piscina fluvial da Senhora da Piedade são provenientes da Ribeira de São João.
A primeira sensação para quem se aproxima da piscina fluvial da Lousã é de que não a encontra. É preciso descer cerca de 100 metros desde o castelo para chegar ao leito do pequeno ribeiro cuidadosamente arranjado. Um olhar de relance permite antecipar que a água será tão fresca quanto límpida, e quase inalterada pela longa descida que faz ao longo da serra.
De um lado e do outro a pequena piscina é protegida por duas vertentes. O topo de uma é dominada pelo castelo, e o da outra pela capela de Nossa Senhora da Piedade. O castanho e o branco de cada um dos edifícios são dos raros cortes que interrompem o manto verde que cobre toda a zona.
Descendo (a pé - o trânsito automóvel foi recentemente proibido) os 100 metros de estrada asfaltada até junto do ribeiro, o mundo torna-se pequeno. O recanto das piscinas é abraçado pela serra por todos os lados. Mais do que um vale é quase uma "cova" de verde cavada na encosta da montanha.
O espaço não é sequer especialmente grande e, se calhar, por isso mesmo, se torna acolhedor. O leito do ribeiro foi "educado" em algumas dezenas de metros de forma a ser domado e regularizado. A mesma pedra que se encontra por todo o lado foi arrumada para dar lugar à piscina fluvial.
A protecção que as duas vertentes lançam sobre o ambiente faz, entre outras coisas, que o calor sentido pelos banhistas, até nos quentes dias de Verão, não chegue à canícula. O manto verde respira uma aragem fresca que torna agradável a permanência na piscina ao longo de todo o dia.

 


 



 

O SANTUÁRIO DA SENHORA DA PIEDADE

Da ermida da Senhora da Piedade, situada na crista do penhasco do lado oposto ao Castelo, há quem diga ser do fim do século XVII, mas Fr. Agostinho de Santa Maria, cujo Santuário Mariano começou a ser publicado em 1707, sendo de 1712 o volume que a esta ermida se refere, deixa supor que ela seja muito mais antiga quando se escreve que «por constante tradição se diz que a fundara um ermitão de santa vida, não constando porém o tempo em que o fez. Isto era impossível se a ermida fosse do fim do século XVII, até porque do princípio dele são já obras de restauro das capelas e nas escadas que lhe dão acesso como se infere da inscrição ali existente datada de 1624».

Fr. Agostinho de Santa Maria deixou-nos a descrição mais antiga que conhecemos do Santuário da Senhora da Piedade. Diz ele:
"Vê-se este santuário fundado sobre um promontório semelhante ao que lhe fica em fronte ao Ocidente, aonde se vê o castelo. Deixando este à direita, se vai descendo pela serra abaixo por um bastante caminho, encostado a ela pela esquerda, e fica esta serra tão eminente, que parece chegar às nuvens; depois voltando outra vez para o Nascente se desce até ao rio, por onde passa por umas tábuas, que dão passagem aos romeiros em o Verão, e se sobe ao promontório referido por algumas cortaduras que se fizeram naquele rochedo, por distância de alguns quarenta palmos de alto, aonde se dá princípio a uma escada que vai a espaços até á ermida de S. João Baptista por distância de mais de sessenta degraus. Das portas desta mão esquerda se sobe por outra escada que em diversos lanços se chega a uma varanda ou tabuleiro por quarenta e seis degraus. Nesta se vê um padrão com uma cruz alta e no pedestal dela se lêem estas palavras abertas em uma pedra: «Esta obra mandou fazer o capitão Francisco Barbosa natural desta vila, era de 1624».
Deste padrão se sobem mais de trinta e dois degraus à ermida da Senhora da Piedade, que fica no mais alto daquela penha, ou iminente rochedo, e faz em cima uma área, que terá de comprido 25 palmos, pouco mais ou menos; no meio dele se levanta o Santuário da Senhora da Piedade que é tão pequeno que o seu vão não passa de sete palmos em quadro. Ao redor dele podem dar os peregrinos as voltas que quiserem, porque está cercado este plano com parapeitos de quatro palmos em alto os quais começam desde as portas da ermida de S. João até o mais alto. E dizem por tradição, que quando se fez esta obra andavam os que trabalhavam nela presos com cordas, por que se não despenhassem no rio»".

Em 1802 construiu-se uma outra minúscula ermida na pequena varanda onde se situa a cruz que por debaixo tem a inscrição atrás referida, de modo que a mesma varanda lhe serve de adro.
Já na segunda parte do século XIX foi a ermida da Senhora da Piedade restaurada e bastante ampliada pela viscondessa do Espinhal. Foram construídas novas muralhas para darem maior amplitude aos terreiros junto das ermidas que eram escassos em dias de romaria e festejos. Para junto destes terreiros canalizou-se água com vista à comodidade dos romeiros e visitantes.

 

A CACHE


A cache não se encontra em nenhum dos três sítios referenciados, mas é necessário passar pelos dois primeiros (Castelo e piscina), sendo facultativa a subida à ermida da Srª. da Piedade.
Depois de estacionar no Castelo, nas coordenadas já fornecidas (lembre-se que daqui para a frente o trânsito automóvel é proibido), poderá aceder ao miradouro existente a pouco mais de 160 metros (N 40º 05.945' W 008º 14.165') e visualizar não só o vale encaixado, como também, e exactamente do lado oposto, a estrutura que alberga a cache.
Seguindo as 3 (!!) placas que indicam o mesmo ("Srª. da Piedade"), rapidamente chegará à piscina fluvial e, logo a seguir, à ponte que atravessa o Rio Arouce. Antes de atravessar a ponte, avance mais 40 metros pela esquerda, ligue a máquina fotográfica e vá visitar as cascatas (N 40º 05.960' W 008º 14.035').
Após passar a ponte só há um caminho. Siga o GPS e rapidamente chegará ao abrigo/miradouro. No total, do estacionamento ao local da cache, são menos de 600 metros.
Se levar farnel e calções de banho para passar o dia, o local da busca é excelente para merendar abrigado do Sol e está a 5/10 minutos da piscina.
Lembra-se de lhe ter dito para ir ao miradouro visualizar o local da cache? Pois então, antes de começar a procurar, olhe para a direita pelas janelas e certifique-se que o miradouro do castelo no outro lado do rio está vazio - a "manobra" necessária para resgatar a cache vê-se a milhas!!
Apesar de todo o passeio ser recomendado para levar os miúdos, a avó e a tia, a busca deve ser efectuada apenas por adultos. Não deixem os miúdos debruçarem-se nas "janelas"!!!
A mini-micro-cache é de dimensões reduzidas (5cm x 4cm x 0,8cm), e como tal, apesar de conter um (mini) logbook, não contém lápis ou caneta, pelo que é necessário ser portador de algo que escreva para fazer o registo. Recomenda-se também que as trocas sejam de tamanho diminuto (conteúdo inicial: moeda de 5$, dois alfinetes e mini kit de costura).

 


Additional Hints (Decrypt)

É arprffáevb ragene ab noevtb znf n pnpur rfgá qb ynqb qr sben, ncrfne qr sbezn eryngvinzragr nprffíiry. Fr grz iregvtraf, pbzb zrqvqn qr frthenaçn crçn n nythéz cnen yur frthene nf creanf r cebpher cbe sben, rager nf qhnf wnarynf.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)