Certo dia, um grupo de homens
resolveu descobrir o que era o tesouro, começou a partir a
fraga para arrancar o tão desejado tesouro, de súbito ouviram
uma voz que dizia: -"Tanto baterás que te arrependerás".
Assustados com a voz quase desistiram, mas cheios de boa
vontade, lá continuaram e voltaram a ouvir a mesma voz e a mesma
frase. Desistiram cheios de medo, voltaram à aldeia. Combinaram com
o padre, diz-se ser da família dos Henriques, para ir com eles. O
Padre concordou e lá foram uma noite à caça do tesouro. Quando lá
chegaram começaram o trabalho e novamente ouviram a mesma frase: -
"Tanto baterás que te arrependerás".
O padre ouvindo tais palavras respondeu: - "Arrepender,
arrepender-me-ei mas o tesouro levarei": Alguns foram-se embora
cheios de medo. Ficaram somente três homens da família dos
Henriques.
Ouve-se novamente a voz mas eles não
se importaram e continuaram até que partiram a fraga ao meio e
retiram de lá o tesouro (diz-se serem panelas douradas). De
súbito, saiu de dentro da fraga um cavalo dando uma patada nas
costas do padre e outra na fraga.
Trouxeram o padre para casa o qual veio a falecer de
seguida.
Dizem que na casa onde o tesouro ficou nunca mais houve paz
naquela família e que ainda hoje existem as panelas douradas.
A lenda da Patada da Fraga (e segundo
historiadores locais) está associada a vestígios arqueológicos que
estão gravados numa fraga na aldeia de Zido. Ninguém sabe a
localização exacta desta fraga e o que é que lhe aconteceu,
pensa-se até que poderá ter sido utilizada na construção de alguma
habitação. Quanto às panelas douradas, estas devem existir, pois
antigamente nas melhores casas utilizava-se grandes panelas feitas
de cobre na confecção do fumeiro e outras iguarias
tradicionais.
A
aldeia de Zido, com uma paisagem espectacular
(convido a visitarem a Capela da Sta. Luzia, é só seguirem o
caminho até ao cimo do monte), pertence à freguesia de Vilar
de Ossos, situando-se a cerca de 7 km da sede de conselho –
Vinhais.
Como tantas outras aldeias vizinhas, está rodeada por
castanheiros, carvalhos e lameiros. Com fortes raízes culturais, é
a apanha da castanha (Outubro/Novembro) e a matança do porco
(Dezembro/Janeiro) que mais se destacam na cultura popular. É
apadrinhada pelo S. Tiago, com a sua festa a desenrolar-se a 25 de
Julho, com procissão e bailarico.
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