Em Carvalhelhos abundam os indícios da presença Celta,
como por exemplo a fortaleza castreja, o que nos leva a crer que as
propriedades destas águas já seriam conhecidas por estes povos.
Ainda assim não há certeza desse passado.
Só há pouco mais de um século se narra a história de uma
senhora com o corpo coberto de chagas e que se banhou nas águas de
uma nascente, existente próxima da povoação de Carvalhelhos. Diz a
lenda que desse banho resultou a cura.
Em 1830 já era frequentado por grande número de pessoas
em busca de alívio para os seus males, e que apelidaram o local de
Caldas Santas.
As termas de Carvalhelhos pertencem ao Concelho de
Boticas e distam dai 10km, indo pela E.N.nº312 até ao km 93,4,
seguindo pela estrada camarária até ás termas.
O parque termal é um verdadeiro cantinho de frescura e de
tranquilidade, com banhos seguidos por equipas clínicas
especializadas, uma pousada e jardins folhosos.
A água termal é distribuída a toda hora durante a estação termal
num bebedouro com tecto de colmo.
Quem pretende a cura, visita as Caldas santas de
Carvalhelhos e aí pode deixar a viatura e seguir a pé em direcção
ao castro ou então virar á esquerda da pousada e seguir até ao
ponto: N41º.41.883 ; W007º.43.965.
O castro de Carvalhelhos, situado na
freguesia de Beça, do concelho de Boticas, no cimo de um cabeço
sobranceiro à estância termal, é uma das mais conhecidas estações
castrejas do Noroeste Peninsular, como resultado das sucessivas
escavações arqueológicas aí realizadas desde
1951.
A zona escavada mostra um
sistema defensivo bastante complexo, formado por linhas de defesa,
a saber, muralhas, fossos e pedras fincadas, e um a área
habitacional. As muralhas têm cerca de 4 metros de altura e entre 2
e 3,5 metros de largura, contando com uma série singular de rampas
de acesso que compunham o esquema estratégico.
Um conjunto de grandes fossos
com profundidade entre 3 a 4 metros, forma a segunda linha de
defesa e é outra das particularidades deste castro. A terceira
linha defensiva é composta por um emaranhado de pedras fincadas, de
alturas variáveis, constituindo, pela sua frequência, um dos
principais casos a assinalar no Norte de Portugal, com
características que o aproximam da arquitectura militar da Meseta,
também conhecidas noutros castros transmontanos.
Até ao momento, foram apenas
descobertas 11 unidades de habitação, de planta circular e
rectangular, que se localizam na sua maioria no interior da
primeira muralha, manifestando tratar-se de um povoado de dimensões
reduzidas, com funções certamente especializadas, na rede do
povoamento regional, no âmbito da mineração e da
metalurgia.
De destacar, em especial, a
presença de escórias que testemunham a importância da actividade
metalúrgica neste povoado castrejo , de que se analisou a extracção
de estanho do minério de cassiterite, usando como fundente a
hematite ou a limonite, atingindo temperaturas superiores a 1300
graus.
Do restante espólio recolhido
constam, designadamente, fragmentos de cerâmica micácea,
tipicamente castreja, uma fíbula e duas fivelas de bronze, alguns
instrumentos de ferro e contas de vidro e sete moedas romanas de
bronze e de prata, indicando que a cronologia geral da ocupação
deste povoado se enquadra essencialmente no séc. I a.C. até aos
finais do séc. I d.C.
O acesso á cache na zona da Fonte
pode-se tornar difícil e escorregadio durante o inverno. Neste
caso, aconselhe-se na pousada, ácerca do caminho pedonal
alternativo, até á Fonte dos Amores.
A cache está escondida depois do castro,
próxima da fonte dos amores. E quem pretende fazer promessas de
Amor; È aqui!....
Conteúdo inicial
da cache:
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