Provavelmente não é de conhecimento geral, que a zona do
estuário do Tejo alberga uma grande variedade de espécies, das
quais mais de vinte estão ameaçadas e protegidas por convenções
internacionais. O estuário do Tejo é dos maiores da Europa e
constitui um património nacional e europeu, de inestimável valor.
Conhecido principalmente pela sua grande riqueza em espécies de
aves torna-se durante o Inverno num dos maiores santuários de
avifauna de toda a Europa.
A reserva natural do estuário do Tejo foi criada em 1976 com o
objectivo de preservar as funções naturais do estuário, isto é,
para que os ecossistemas fossem mantidos, salvaguardando assim uma
população significativa de aves aquáticas migradoras a nível
europeu.
O estuário também é caracterizado por ser composto por três tipos
de áreas características :
As vastas zonas intermareais ( que se situam entres os
limites da maré- cheia e maré-vazia ) constituídas geralmente por
vasa (lama) ou ostreiras, que são utilizadas principalmente como
locais de alimentação mas também como viveiros para várias espécies
de peixes com interesse comercial. Devido às condições que
apresentam ( temperatura, disponibilidade de alimentos, etc.…) ,
estas zonas são bastante utilizadas por pequenos linguados, solhas,
robalos, enguias e muitas mais espécies que enriquecem o estuário
quer a nível de variedade de espécies quer a nível comercial ( uma
vez que são espécies exploradas comercialmente) .
Os sapais (salgados) são formações vegetais típicas do
meio estuário e são consideradas um dos mais produtivos
ecossistemas do mundo . Assim os sapais constituem uma muito
importante fonte de energia para todos os seres vivos do
estuário.Para além disso o facto de consumirem muitos nutrientes
minerais e orgânicos, muitas vezes existentes em elevadas
concentrações, torna-os descontaminadores da água do estuário.
As salinas também tem grande importância natural pois não
são apenas locais de abrigo e alimentação, como também são locais
de nidificação para algumas espécies protegidas como Perna-longa
(Himantopus himantopus), o borrelho- de-coleira-interrompida
(Charadrius alexandrinus), a andorinha-do-mar-anã (Sterna
albifrons). A cor, por vezes avermelhada, dos tanques de sal
deve-se à existência da artémia, um invertebrado que serve de
alimento a inúmeras aves. É também este invertebrado um dos
responsáveis pela coloração rosada dos flamingos.
A cache
Para chegar ao local vai ter caminhar uns 5 a 10 metros dentro
de água. Nada de especial, apenas um carreirinho que não chega mais
alto que os tornozelos. (N38º43.753-W 009º00.583) Isto claro em
baixa-mar (maré vazia). Noutra altura não é possível ir até à cache
a não ser que tenha um barco. Para ver as horas das marés visite o
site.
Horários das marés(Escolha o porto de Alcochete)
O local está acessivel cerca de duas horas antes e duas horas
depois das apresentadas no link acima.
Não é má ideia levar uns calções (ou calcinha arregaçada). O
percurso desde o estacionamento (N38º43.705-W 009º00.570) até à
cache é de sensivelmente 850 metros. O objectivo é desfrutarem da
paisagem.