CIVILIZAÇÃO TARTÉSSICA
Sudoeste da penísula Ibérica, na
última fase do bronze final, por volta de 700 a.C., é um estado
muito conhecido, com uma enorme riqueza mineira, os autores
clássicos escreveram sobre ele, com enorme respeito e admiração.
Tartessos era rico em ouro, prata e outros minerais. Cedo
estabeleceram relações comerciais com povos do Mediterrâneo e do
Atlântico.
Este reino teria tido uma região
nuclear e uma região mais vasta periférica, dependente do
núcleo—Alentejo, Algarve, Andaluzia Ocidental e Estremadura
espanhola.
Habis terá sido o primeiro monarca
de Tartessos, era um rei poderoso, fez um conjunto de leis para
regular e unir o seu povo. A agricultura e a pastorícia estavam
muito desenvolvidas, as condições de vida melhoraram. A população
estava distríbuida por sete cidades, o centro mais antigo e
importante teria sido Cerro Salomon em Rio Tinto. Huelva passaria a
centro no séc. VII a.C. A população do primeiro centro deveria ser
céltica. A tendência foi deslocarem-se das montanhas para as
planícies, onde a vida era mais fácil.
Os contactos comerciais com as
colónias gregas do Mediterrâneo Oriental, deram origem a profundas
aculturações, como por exemplo, terem adaptado o alfabeto grego, as
lápides funerárias, etc. Os túmulos eram rectangulares,
justapostos, alguns com uma moldura em círculo mais ampla. As
oferendas eram compostas de vários objectos orientais: anéis com
escaravelhos (de Naucratis), vasos rituais obeloi, armas diversas,
aros de rodas de carros, jóias, etc. Os rituais religiosos e
fúnebres também mudaram, só a aristrocacia e os heróis tinham
direito a enterros magnifícos.
Esta civilização, a primeira na
peninsula, está envolto em muitas lendas e histórias. Foi
possívelmente Társis, para
onde foge Jonas antes de ser engolido por um "grande peixe". Teria
sido a origem dos Povos do
Mar, invasores da Anatólia, Palestina, Chipre e Egipto. No
final da idade do Bronze, foram responsáveis pela destruição de
antigos domínios, como o império Hitita. Os relevos de
Medinet-Habu, no Egipto, mostram que os seus barcos eram superiores
aos egípcios, que sugere que eram povos essencialmente marinheiros,
com perfeito domínio das tecnicas de navegação. Recentemente
surgem teorias que associam a Tartéssia à lenda da
Atlantis. A
localização desta cidade lendária seria perto de Cadiz, na
margem sul do rio Guadalquivir, centro da Tartéssia.
Esta civilização entrou em declinio
quando os povos vizinhos, com os quais faziam trocas
comerciais, perceberam que podiam estabelecer essas mesmas
trocas entre sí. Perdendo a sua importância a Tartéssia
desaparece, tornando-se a Turdetânia, mais um pequeno reino,
inicialmente descrito por Strabo ainda existente na península
a quando da invasão Romana.
ESCRITA CÓNIA
Descendentes da Tartéssia,
encontram-se os Cónios. É destes que temos a primeiro registo de
escrita de toda a península Ibérca, certamente de ascendência
Tartéssica - a estela, ou Heroum, de Bensafrim.
No mapa ao lado podemos ver a
localização de Conistorgis, cuja tradução literal é "cidade real
dos Coni", a norte de Ossonoba (actual Faro) e de Gades (actual
Cadiz) com a inscrição "Gades vel Tartessus".
Em 1882, foi descoberta na Fonte
Velha de Bensafrim, pelos arqueologos Estácio da Veiga e Santos
Rocha, uma pedra arenisca (na realidade partida em três partes) de
1,34x0,65x0,15 metros. Neste momento encontra-se no Museu Municipal
de Figueira da Foz.
Sua escrita está gravada a cinzel
entre linhas rectas, formando um rectângulo desenvolvendo-se da
direita à esquerda sete vezes, como em espiral rectilíneo. Seu
texto é todo seguido, e composto de 75 caracteres.

Cuja tradução é: "LAMENTAMOS BEM
ESTE NOBRE PROPRIETÁRIO RABEDD NESTE LUGAR LAMENTAMOS NA VERDADE UM
HEROI ! AQUI NÓS O CELEBRAMOS. ELE, DEU A NÓS, TODOS OS SEUS BENS
AGRÍCOLAS E EI-LO AQUI."
CACHE
Esta cache pretende levá-lo a ver a
estela, ou melhor uma réplica sua, e depois disso ao lugar de
Fonte Velha, onde ela foi encontrado. Os dois pontos distam
cerca de 2km e existe caminho até 200m da cache.
Nas coordenadas publicadas,
encontrará a estela. Procure no vidro protector "CL Securit ......
0X", em
que X é
um dígito. As coordenadas finais são:
In the publish coordinates you
will find the replica of the stone with the oldest Iberian
wrighting. Look at the glass for "CL Securit ......
0X"
, where X
is a number.
Then:
X=1
vá a / goto N
37° 09.774 W 008° 45.425
X=2
vá a / goto N 37° 09.822 W 008°
45.435
X=3
vá a / goto N 37° 09.854 W 008°
45.339
Bensafrim encontra-se no final da
A22 (ou via do Infante). Perto da cache final terão uma vista da
vila, espero que gostem.