Durante a Reconquista Cristã, surgiram na
península Ibérica diversas ordens religiosas militares de
cavaleiros cristãos. Uma das mais importantes foi a ordem de
Calatrava de onde derivou a Ordem de São Bento de Avis.
Embora inicialmente dependesse de Castela, a partir da sua
instalação em Avis (que lhes fora doada em 1211 pelo rei Afonso
II), a Ordem de Avis passou a ter o carácter de «ordem
nacional».
Em 1363, D. João, filho bastardo de D. Pedro I, passa a ser o
Mestre da Ordem de São Bento de Avis, tornando-se o seu mais
conhecido Mestre. Com a sua subida ao trono, o Mestrado foi
integrado na Coroa de Portugal, ditando a partir de 1385 um
completo afastamento em relação à Ordem de Calatrava, recusando-se
os cavaleiros da Ordem de Avis a reconhecer o grão-mestre
castelhano.
Com a retoma do espírito de cruzada, os cavaleiros da Ordem
de Avis, participaram nas expedições efectuadas no norte de África,
nomeadamente na conquista de Ceuta e no falhado ataque a Tânger,
onde ficou prisioneiro e acabou por falecer o então Mestre da
Ordem, o Infante D. Fernando.
A Rainha D. Maria I, secularizou as três ordens portuguesas
(Avis, Santiago e Cristo) e daí nasceu a banda das três ordens, uma
faixa verde, vermelha e púrpura, usada pelos chefes de estado
portugueses como símbolo da sua magistratura
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