Em Busca do Castelo Desaparecido
Advertência
Sejam muito prudentes! Os caminhos não se encontram em bom estado!
A LENDA
Era uma vez um jovem rei moiro, Abakir, ambicioso e apaixonado, que dominava um vasto território de montes densos de pinheiros e castanheiros, de vales arados e amenos, por onde escorria um rio claro e lento, chamado Lima.
Um dia, entregue aos prazeres da caça que por ali havia abundante, rodeado por guardas, falcoeiros e cães de raça, eis que se lhe depara, guardando um pequeno rebanho de ovelhas, uma rapariga formosíssima, com umas negras tranças coroadas de papoilas vermelhas.
A beleza desta imagem logo entrou no coração do rei, sempre pronto a ceder aos encantos femininos.
E, aproximando-se da pastora, logo lhe rogou, com palavras ardentes, que o seguisse para o seu soberbo castelo, edificado na Serra da Nó, onde passava o mais aprazível do seu tempo e onde a receberia por esposa entre muitas outras que a sua religião lhe permitia desposar.
Mas a pastora, cujo nome era Zuleima, negou-se a acompanhá-lo, dizendo que não trocaria a sua vida, embora humilde, pelas maiores riquezas do mundo.
Indignado com tal recusa, Abakir ordenou aos guardas que prendessem a rebelde e a levassem, à força, para o seu castelo altaneiro.
Só a soltaria quando ela lhe pedisse perdão e acedesse aos desejos, ao seu amor nascente.
Mas o tempo foi passando, sem que a pastor se arrependesse da sua recusa. E, com ele, aumentava a paixão e o desespero de Abakir.
Então, não conseguindo mais acalmar aquele amor que lhe abrasava o peito, mandou chamar Zuleima à sua presença e disse-lhe:
- Pede-me tudo o que quiseres, os maiores caprichos, os maiores tesoiros, que tudo te darei, se consentires ser minha esposa.
Respondeu-lhe, então, a pastora, com firmeza não destituída de doçura, pois também elaacabara por se enamorar do jovem Abakir:
- Concordarei em viver junto de ti, com a condição de ser tua única rainha e me seres sempre fiel.
Arrebatado, o rei imediatamente aceitou as condições impostas pela bem-amada Zuleima.
Então, o castelo da Serra da Nó abriu-se, em esplendor, às bodas reais, com festas nunca vistas nem sonhadas.
E alguns anos se passaram para a felicidade do casal, gozava no conforto do castelo, na alegria das diversões e caçadas, na contemplação daquela paisagem de maravilha
Entretanto, um numeroso exército cristão, forte e ousado, vindo do Norte, ia derrotando os guerreiros da Moirama e aproximando-se, perigosamente, dos domínios de Abakir.
Era urgente a fuga, o abandono da paz deliciosa da Serra da Nó e do seu castelo!
Mas Abakir resistia a tal imperativo e, com ele, Zuleima, os dois enfeitiçados pela brandura daquelas paragens paradisíacas.
Uma noite tormentosa, ao escutar, cada vez mais perto, o ruído feroz das espadas e das lanças entrechocando-se; o alarido da vitória solto das bocas dos combatentes cristãos e o gemido dos guerreiros moiros feridos de morte, o rei foi buscar, de entre os seus tesoiros, um velho e pesado volume, revestido de coiro lavrado a oiro, o Alcorão, o livro sagrado da sua religião, escrito por Maomé que, segundo o profeta, lhe fora ditado pelo anjo Gabriel.
E, na presença assustada da rainha, pôs-se a folheá-lo, lendo, em voz baixa, certas suas paisagens misteriosas, enquanto estendia a mão sobre Zuleima, sobre quanto o cercava, sobre si próprio...
E, quando, na manhã seguinte, os soldados cristãos galgaram, vitoriosos, os cimos da Serra do Nó, na ânsia de aprisionar Abakir e tomar-lhe o castelo, nada se lhes deparou, mais do que o silêncio verde da folhagem, alguma pedra musgosa no abandono da poeira. Somente, do galho de uma árvore, o trinado de um pássaro parecia troçar da funda desilusão da soldadesca: nem castelo, nem Abakir, nem a sua única rainha!
Mas diz-se que, em noites enluaradas, quando o arvoredo é de vagas sombras e o rio é de prata, vagueia pela Serra da Nó um vulto de mulher, envolto ora em vestes roçagantes e faustosas, ora na simplicidade do trajo campestre, evocando, quem o sabe?, a pastora depois rainha, decerto saudosa do seu rebanho, saudosa do seu castelo e do seu amado Abakir.
Texto retirado de www.cm-pontedelima.pt
A PROCURA
Do castelo árabe nunca mais ninguém teve notícia, mas no alto da Serra da Nora ergue-se agora uma torre de vigia pela qual deverá passar para encontrar o Tesouro.
Informação da Rede Nacional de Postos de Vigia
Fonte: Direcção Geral das Florestas
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Identificação
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Designação
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NORA
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Indicativo
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28-01
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Concelho
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PONTE DE LIMA
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Freguesia
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S. MARIA DE REBORDÕES
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Toponímia
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NORA
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Localização |
Carta Militar
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41
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Código INE
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160744
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x (Gauss Militar)
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161299
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y (Gauss Militar)
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527350
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Lat (WGS 84)
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41º42'46''
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Lon (WGS 84)
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8º35'48''
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Descrição |
Região Agrária
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Entre-Douro e Minho
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CPD
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28 - V. CASTELO |
Região PROF
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VIANA DO CASTELO
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CCO
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VIANA DO CASTELO |
Nut III
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1101 - MINHO-LIMA |
Proprietário
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DRAEDM
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Estrutura
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Alvenaria
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Ano Inst
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Conservação
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BOM
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Altitude
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562 (m)
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Altura total
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10 (m)
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Altura plat.
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7 (m)
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Energia
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Painel solar
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Anexos
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Sim
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Estado
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Operacional
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Áreas Publicas e Comunitárias
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Perímetro Florestal de Entre Lima e Neiva
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Rede Nacional de Áreas Protegidas
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Observações
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O Posto de Vigia tem bons acessos; Observa também os Perímetros Florestais de Entre Vez e Coura e das Serras de Vieira e Monte Castro
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A Cache
Uma caixa de plástico transparente, com o conteúdo do costume.
Esperamos que gostem tanto como nós!
(As fotos que temos não as publicámos por entendemos ser a surpresa um factor a favor do gozo do found, ainda nos lembrámos de como o paisagem correspondeu à expectativa que há muito alimentávamos. No entanto, como não poderia deixar de ser, as suas serão sempre bem-vindas!)
DIVIRTAM_SE!!