
O Campo Militar
de S. Jorge testemunha o local onde se travou, a 14 de Agosto de
1385, umas das raras grandes batalhas campais da Idade Média entre
dois exércitos régios e um dos acontecimentos mais decisivos na
história de Portugal.
À escala
medieval, considera-se um aconteceimento da maior importância
política, diplomática e militar.
No campo militar
significou uma inovação táctica, onde os homens de armas apeados
foram capazes de vencer a poderosa cavalaria medieval;
No campo
diplomático; permitiu a aliança entre Portugal e Inglaterra, que
perdura atá aos dias de hoje;
No aspecto
político, resolveu a disputa que dividia o Reino de Portugal do
Reino de Castela e Leão, permitindo a afirmação de Portugal como
reino independente. Tornou possível também que se iniciasse uma das
épocas mais grandiosas da história de Portugal, a época dos
descobrimentos.
A 14 de Agosto de
1385, no planalto onde hoje se situa a aldeia de S. Jorge, concelho
de Porto de Mós, distrito de Leiria, confrontaram-se dois
pretendentes ao trono de Portugal: D. João I de Castela e Leão, e o
D. João I, Mestre de Avis, que fora aclamado Rei de Portugal,
quatro meses antes nas Cortes de Coimbra.
O exército
castelhano era numérica e militarmente superior ao português.
D.Nuno Álvares Pereira, com o seu pequeno grupo de cavaleiros e
peões, implementou um sistema táctico antes e durante o confronto
que levou Portugal à vitória.
É das únicas
batalhas em Portugal, e mesmo na Europa,onde é possível
reconstituir o posicionamento relativo dos exércitos.
Aljubarrota
configura um dos marcos mais representativos da evolução dos
sistemas e dispositivos tácticos utilizados na guerra praticada no
Ocidente europeu, nos finais de Idade Média.
Recentemente a Fundação Batalha de
Aljubarrota inaugurou o CIBA - Centro de Intrepretação da
Batalha de Aljubarrota. Veja como foi e saiba mais sobre o CIBA aqui. Agora
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