"Companhia de Cerâmica das Devezas"

Companhia de Cerâmica das Devezas
Rua Conselheiro Veloso da Cruz, nº
4400 – Villa Nova de Gaya
Portugal
Caro Geocacher,
Gostariamos de vos convidar a visitar o que restou das nossas instalações, para nos conhecer melhor aqui fica um pouco da nossa história:
A nossa fábrica foi fundada em 1865 na Quinta das Devezas, junto à estação de caminho de ferro das Devezas, em Villa Nova de Gaya. Empregava, em 1881, 180 operários e em 1897 o número de operários subia já a 700. A fábrica conhecida como a "Fábrica do Costa", foi fundada por António Almeida Costa em nome individual sendo mais tarde constituída a sociedade António Almeida Costa & C.ª, em que agregava José Joaquim Teixeira Lopes e Feliciano Rodrigues da Rocha, ambos trabalhadores da empresa. O primeiro ficou com a direcção financeira e negócios locais, o segundo com a modelação das esculturas e a sua administração e o terceiro com a escrituração e cobrança. Na Rua José Falcão, ficava uma das dependências da fábrica das Devezas onde funcionou, inicialmente, a Escola de Desenho industrial de Gaya, repercutindo na primeira Escola Industrial de Gaya. A fábrica associava à cerâmica uma fundição tendo assim um vasto e original fabrico, dos quais se destacavam as telhas, o grés, os azulejos e tijolos, a cal e o gesso, além de louça, que lhe deu fama no país e no estrangeiro. A fábrica dispunha de um caminho de ferro que ligava as várias oficinas e fazia chegar os produtos aos armazéns de secagem, além de um ascensor e de uma locomotiva movida a carvão. Em 1893 a sociedade é reorganizada alargando o fabrico a tudo o que diz respeito à indústria e arte de cerâmica, fornecimento de materiais, oficinas de obras em mármore, fundição de ferro e outros metais, etc. Possuía também uma fábrica na Mealhada e uma oficina de obras de mármore. Na Rua José Falcão ficava o depósito de materiais, que tinha a particularidade de ter a fachada revestida de azulejo em estilo mourisco. A empresa evoluiu depois para a Companhia Cerâmica das Devezas, tendo, entretanto, abandonado a produção de obras de arte e privilegiado os artefactos de construção civil.
Esperamos ansiosamente a vossa visita,
Cordiais simpatias,
António Almeida Costa.
