Poucos sabem quem é Domingos Joaquim da Silva.
Mas se falarmos no nome Visconde de Salreu muitos reconhecem o
salreense como uma figura fundamental no desenvolvimento da
freguesia, durante os séculos XIX e XX. Nascido a 27 de Novembro de
1854, filho de Joaquim da Silva (neto de André da Silva e Brígida
de Jesus) e de Maria do Rosário (neto de Joaquim Marques Ferreira e
Mariana da Silva), rumou para o Brasil, com apenas 16 anos. Não
sabia ler nem escrever, apenas desenhava o seu nome, o que não o
impediu de ser um grande empresário. Chegado a Terras de Vera Cruz
começou por desempenhar actividades como empregado da industria e
do comércio. A sua vontade de subir na vida levou-o, em 1880, a
trabalhar por conta própria no ramo de materiais de construção. Em
1887 adquiriu uma serralharia no bairro de S. Cristóvão e registrou
a sua primeira firma individual. Face à sua grande dedicação ao
trabalho, conseguiu ampliar o seu pequeno negócio, passando em 1894
a sociedade limitada e em 1929 a sociedade anónima. Em 1906
casou-se com Maria de Jesus Nunes Fonseca, de quem viria a ter dois
filhos: Maria Matilde da Fonseca da Silva e Joaquim Nunes da
Fonseca da Silva, ambos nascidos no Brasil. De acordo com a “Genea
Portugal”, que se baseia no livro “Nobreza de Portugal e Brasil,
escrito por o Visconde de Salreu, teve dois filhos ilegítimos:
Domingos e Olga. Paralelamente ao seu desenvolvimento familiar,
Domingos Joaquim da Silva foi desenvolvendo a sua empresa, sendo
mesmo considerado um dos mais destacados impulsionadores do surto
de construção no Rio de Janeiro, no início do século XX. A sua
empresa tinha uma das mais modernas serrarias da época, com
carpintaria e marcenaria, toda importada da Alemanha e Inglaterra,
além de possuir frota de navios e caminhões, para movimentação de
produtos. Ao longo da sua vida o salreense deixou o seu nome ligado
a grandes empreendimentos do Brasil e Portugal, sendo a empresa por
si dirigida considerada a maior da América do Sul, no sector de
madeiras. Após a sua morte, em 1936, o seu filho mais novo, Joaquim
Nunes da Fonseca da Silva, que adquiriu o título de Visconde de
Salreu, continuou os negócios do pai, alargando o sector de
actuação à siderurgia. Ainda hoje existe a empresa, tendo filiais
um pouco por todo o Brasil e sendo uma empresa de grande
implantação no continente americano. A empresa ainda pertence aos
descendentes de Domingos Joaquim da Silva.
O Mecenas de Salreu
Reconhecido por todos como um homem de negócios
de sucesso, Domingos Joaquim da Silva foi também um homem com
grandes preocupações sociais e com um enorme coração. O contacto,
no Brasil, com conterrâneos em situações de extrema miséria,
principalmente porque eram explorados devido à sua ileteracia,
levou o salreense a tomar a educação como uma das suas bandeiras.
Oriundo de uma freguesia onde não existia um único edifício
escolar, Domingos Joaquim da Silva mandou construir a Escola
Primária das Laceiras, ainda hoje o maior espaço escolar da
freguesia. A iniciativa concedeu-lhe a atribuição do título de
Visconde, pelo Rei D. Carlos I, penúltimo Rei de Portugal. Foi já
com o título de nobreza que mandou erguer a Escola Primária da
Senhora do Monte, ainda hoje parte integrante da educação escolar
de Salreu. As suas acções foram muito para além da educação. Fez
diversas diligências para que existisse na sua terra natal um
apeadeiro, para que o povo não tivesse que se deslocar para Canelas
ou Estarreja para apanhar o comboio. Foi também por sua iniciativa
que se iniciou a construção do Hospital, que mais tarde iria ter o
seu nome, dotado de todos os instrumentos cirúrgicos necessários ao
seu funcionamento, e um asilo. Domingos Joaquim da Silva, viria a
falecer a 11 de Setembro de 1936, seis meses após o início da
construção do Hospital Visconde de Salreu, a 13 de Março de 1936.
Para a história ficou, também, o seu apoio à formação da banda de
música da freguesia, Banda Visconde de Salreu, e o apoio
incondicional a todos os conterrâneos que lhe pediam ajuda. Um
homem acarinhado pela população, que os mais novos apenas conhecem
como o Mecenas de Salreu.
CACHE:
PT: A cache começa na ultima
morada do Visconde, aqui vais contar o número de letras que faltam
nesta imagem = A
EN: This is the resting place
of the Visconde, here you will count the number of leters missing
in this image = A

PT: Depois vais para
N 40º 44.888, W
008º 34.053, aconselho a estacionares no Waypoint - Parking
nº2
Aqui estás na frente do
Hospital, que foi a sua última obra, no busto que tem aqui, tem
duas datas vais tomar nota da primeira = B
EN: Them you go to
N 40º 44.888, W
008º 34.053,i advise you to park in the Waypoint - Parking
nº.2
Now you're in front of the
last good thing he did, in this statue there's two dates, you will
take the first = B

PT: Depois disto é só fazer as
contas.
EN: After this just do the
math.
N 40º
(36+A).(B-1004)
W 008º
(26+A).(B-1739)