5 Contrabandistas
NA ROTA DO CONTRABANDO
Na Rota da Sardinha Salgada
"E aí começam ambos a trabalhar, ele em armas de fogo, que vai buscar a Vigo, e ela em cortes de seda, que esconde debaixo da camisa, enrolados à cinta, de tal maneira que já ninguém sabe ao certo quando atravessa o ribeiro grávida a valer ou prenha de mercadoria." (Miguel Torga, in Fronteira - "Novos Contos da Montanha").
Em tempo de fortes restrições ao comércio além fronteiras, em que o Mercado Comum não passava de uma utopia distante da sua configuração actual, as populações raianas portuguesas nunca se coibiram de praticar com alguma regularidade formas de comércio furtivo e ilegal com os nossos vizinhos espanhóis: o chamado contrabando. A única forma de conseguir, a preços acessíveis, bens que escasseavam do lado de cá: um trazia sabão, outro tecido, outro tabaco, outro levava ovos e um contrabandeava sardinhas salgadas.
Nesta trilha, encontra uma representação, na natureza, dos cinco contrabandistas, em forma circular à volta de uma “mesa”.