Barro negro de
Bisalhães
A olaria insere-se no que vulgarmente se
denomina de artesanato ou indústria artesanal e vai sobrevivendo
graças à teimosia de alguns continuadores que, reclamando a
necessidade de a preservar, vão conseguindo mantê-la.
A olaria de Bisalhães, localidade da freguesia
de Mondrões, Vila Real, não foge à regra, Já poucos são aqueles que
ainda fazem desta arte um modo de vida.
Uma das singularidades da
olaria de Bisalhães é a cor negra das louças. O segredo está no
forno e nos métodos de cozedura. O forno é um buraco aberto na
terra. Colocam-se as peças numa grelha e introduz-se na abertura.
Por baixo, fica a lenha a crepitar. Para que os artigos cozam
totalmente, põe-se, por cima da louça, uma camada de rama de
pinheiro verde a arder. Para impedir a libertação de fumos, o forno
artesanal é abafado com uma camada de caruma, musgo e terra. Aqui
reside o segredo. Se não se abafasse, a louça ficava vermelha. Para
o sucesso da cozedura são necessárias cerca de 24 horas. As
características da louça de Bisalhães permitem restabelecer os
sabores tradicionais da cozinha portuguesa, na medida em que os
seus materiais naturais (nem se utiliza o vidrado nem a pintura)
não interferem no paladar dos alimentos.
Podemos observar algumas (muitas e
diversas) peças, no local desta cache. Também temos a oportunidade
de ver, in loco, alguns oleiros a trabalhar o barro e a construir
muitas das peças que são comercializadas.
A
Cache
Trata-se de uma cache micro com logbook. Pede-se
muita discrição na procura; há sempre muitos muggles naquela
zona.
É necessário levar com que escrever.