
A Igreja de Nossa
Senhora da Purificação é a actual Igreja Matriz de
Sacavém,
situada num pequeno morro, em Sacavém de Baixo, junto ao
rio
Trancão.
História
Inicialmente fundada como igreja
conventual do
Convento
de Nossa Senhora da Conceição e dos Mártires de Sacavém,
destinada a servir os ofícios religiosos às freiras
clarissas
que aí professavam, a sua primeira pedra foi lançada por Miguel
de Moura, então governador do Reino de
Portugal em nome de
Filipe II de Espanha, em 1
de Setembro de 1596.
Já antes o mesmo Miguel de Moura fora o responsável pela edificação
do dito convento, em 1577;
contudo, faleceu em 1599,
antes de ver a igreja concluída.
Em 1834,
os bens das ordens religiosas foram nacionalizados, e às casas
regulares femininas foi imposta a proibição de acolher noviças.
Gradualmente, o edifício da igreja foi-se degradando, até que, em
11
de Abril de 1863,
quando só já existia uma freira no convento, o cardeal-patriarca,
D. Manuel Bento Rodrigues, em resposta a um pedido da
Junta de Paróquia sacavenense, fez da igreja conventual a Igreja
Matriz de Sacavém, em substituição da pequena
Igreja
de Nossa Senhora da Vitória, em Sacavém de Cima, que
fazia as vezes de Igreja Matriz desde a ruína da Igreja Matriz
de Santa Maria, situada no largo da Senhora da Saúde,
aquando do terramoto
de 1755. Nessa mesma altura, o orago da Igreja passou a
ser Nossa
Senhora da Purificação, em substituição da antiga
invocação conventual de Nossa
Senhora da Conceição dos Milagres e dos Mártires.
Em 1877,
quando finalmente a freira abandonou o convento, este passou à
posse do Ministério da Guerra, reservando no entanto a Igreja e
algumas casas adjacentes (onde passou a funcionar a residência
paroquial) como bens do Patriarcado.
Entre 1885
e 1886
sofreu profundas obras de restauro, coordenadas pelo então prior de
Sacavém, José Adriano Borges; nos anos
1950 sofreu nova campanha de restauro, levada a cabo
pelo Prior Filinto
Ramalho. De resto, existe um busto deste antigo Prior
sacavenense à entrada da Igreja.


Características
arquitectónicas
O
edifício é um exemplar da arquitectura
manerista, caracterizado pela
sobriedade própria da época da
Contra-Reforma. Bastante singelo,
compõe-se de dois blocos (nave e capela-mor).
A entrada é feita
lateralmente, em função da prévia construção do
mosteiro.
O telhado é de duas
águas, possuindo na cabeceira, no topo da torre sineira, um
zimbório em forma de pirâmide hexagonal, rodeado por pináculos
menores. Nessa mesma torre sineira, a meia altura, acha-se uma
figura de Nossa Senhora num nicho.
No interior, nos
altares laterais, acham-se as representações de
São Miguel Arcanjo e de
Nossa Senhora da Conceição.
A pia baptismal da igreja, de acordo com a tradição, era a antiga
cúpula de um mirante da fortificação regida por Bezai Zaide (o
alcaide
mouro
de Sacavém derrotado na batalha
que aí se feriu em 1147,
e que se tornou no primeiro ermitão da Ermida de Nossa
Senhora dos Mártires, entretanto substituída pelo
convento
da mesma invocação), a qual foi virada do avesso,
purificada e solenemente dedicada à sua nova função
Qualquer erro ou omissão é favor
contactar.
A
cache
Encontra-se no espaço exterior do
muro que rodeia a Igreja, em local bem acessivel.
Pode aproveitar para subir á
Igreja, visitar e desfrutar da grande vista para o rio trancão e
suas pontes.