Monte de São Lourenço
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Em todo o cimo, o
afloramento rochoso que da terra sai crispado, laminado, cortante,
lembra as barbatanas dorsais de um monstro adormecido, há séculos,
nas margens do rio Paiva. Em cima duma dessas barbatanas, a rematar
a cota 929, um marco geodésico. Miradouro natural, olhando à
distância e seguindo o movimento dos ponteiros de um relógio, desde
o norte ao poente, temos a serra do Montemuro, a serra de Santa
Helena, da Nave, da Lapa, da Estrela, do Caramulo e da Gralheira.
Ali embaixo, bem pertinho, à distância de um voo picado de águia
atenta à criação doméstica, está Covelo de Paiva. A montante,
sobressai a aldeia de Fráguas e Vila Nova de Paiva. A jusante, a
vila de Castro Daire. A Nordeste, S. Joaninho.
Dentro deste perímetro, aninhados onde menos se espera,
povoados sem conta polvilham as bacias hidrográficas do Paiva e do
Vouga. O casario que, paredes graníticas cobertas de colmo, se
camuflava na paisagem rural há meio século atrás, berra, hoje, uma
existência diferente, atirando para longe o eco das cores brancas e
telhados vermelhos de moradias condignas, raspadas do fumo que as
coloriu durante séculos.
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Obrigado pela visita e
aproveitem bem o sítio. Tirem fotos e
publiquem-nas.