A Génese da Sinalização Marítima
Desde os primórdios da humanidade que os cursos de água, os rios e os lagos exerceram sobre o homem uma grande atracção mas também temor perante o desconhecido. Para o ajudar usava as referências naturais mas com o decorrer do tempo o homem compreendeu que era necessário colocar marcas e acender fogueiras para sinalizarem perigos, pontas de terra proeminentes ou a localização de portos.
Apesar de incipiente, foi esta a génese da sinalização marítima e da segurança da navegação. Esta sinalização decorria dos interesses e necessidades específicos e era utilizável apenas pelos conhecedores dos diversos locais e do significado das marcas.
As marcas começaram então a apresentar formatos e características diferenciadas de acordo com a sua posição relativa nos canais de navegação. Mais tarde, quando as marcas começaram a dispor de fonte luminosa, passaram a apresentar uma luz fixa mas que facilmente se confundia com as luzes situadas em terra ou a bordo de embarcações. Gradualmente essas luzes passaram a apresentar algum critério na sua colocação; era fundamental saber como distinguir uma marca de outra e conhecer qual a sequência correcta de passagem pelas marcas. Conferir características distintas aos diversos faróis contribuiu decisivamente para a segurança da navegação.
Presentemente, apesar da enorme e variada disponibilidade de ajudas electrónicas à navegação, a luz de um farol ainda transmite aos navegantes um sentimento de segurança, uma sensação de conforto e, muitas vezes, uma esperança no meio de uma tempestade.
Esta cache pretende-vos mostrar o FP-025 (Farolim do Molhe Norte da Figueira da Foz), já que, na era da tecnologia, do GPS e do piloto automático, os faróis podem parecer obsoletos mas não o são, eles continuam a ser preciosos na ajuda que prestam aos navios. E continuam a ser fascinantes!