Sejães, Ponte, Parque e
Praia
Esta multi ,começa naquela que foi a
primeira ponte de betão armado a ser construida em Portugal, a
ponte Luis Bandeira, e termina no parque de merendas, junto á Praia
fluvial de Sejães.
No primeiro ponto, encontram as coordenadas para o final.
Espero que gostem.




Em 1527, a freguesia de Sejães, que pertencia ao concelho de Lafões
e ao termo de Vouzela, compreendia as povoações que se integram na
actual freguesia, bem como na de São João da Serra. Assim, na
freguesia de Sejães, segundo se pode ver pelo Cadastro da População
do Reino, mandado executar por D. João III, faz-se referência às
seguintes povoações com os respectivos fogos.

Item naldea
de Seygais ..... 8
em anteyras ..................... 3
em Syqueiros .................... 5
em concelhinho ................. 5
em bispeira ...................... 3
naldea de Combela ........... 3
em Sam gyaninho ............. 2
no casal ........................... 3
O território desta freguesia, que se distribui
pelas duas margens do Rio Vouga, é consequentemente determinado
pela estrutura da bacia hidrográfica deste rio. Aí se desenvolvem
férteis terrenos agrícolas, desde tempos muito antigos densamente
povoados e cultivados. Com efeito, já há notícia da paróquia de
Sejães, nas Inquirições de 1258, como veremos a seguir.
De um e outro lado do rio Vouga, os terrenos são irregularmente
acidentados. Na margem norte, dá-se o arranque da Serra da
Gralheira e, do lado sul, assenta o sopé da do Caramulo. Entre
essas colinas descobre-se um clima temperado, de características
quase mediterrânicas, onde podemos observar extensos e magníficos
laranjais.
A paróquia de Sejães já estava constituída no século XIII. Segundo
as inquirições de 1258, existiam nesta freguesia duas "villas":
Sejães (Segiães e Sigiães) e Sequeirô. Nestas inquirições de Afonso
III diz-se que a "villa" de Sejães fora honra de
cavaleiros-fidalgos, nomeadamente do alcaide Cerveira, pertencendo,
então, toda ao mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, excepto apenas
dois casais que eram de fidalgos (possivelmente os "de
Cerveira").
O alcaide Cerveira esteve ligado à albergaria de Reigoso e à
assinatura como testemunha, da carta do Couto de Oliveira de
Frades.
Na "villa" de Sequeirô, o regime de propriedade era idêntico, pois
pertencera a cavaleiros-fidalgos, e em 1258 a Ordem do Hospital
possuía aí um casal, o mesmo acontecendo com o Mosteiro de Santa
Cruz de Coimbra e com um cavaleiro- fidalgo que também eram
senhores cada um do seu.
- No reinado de D. Sancho II, o filho de Lourenço Peres Cerveira e
de D. Dordia Raimundes fez aquisições no termo de Sejães.
Posteriormente, o cavaleiro-fidalgo Pero Lourenço comprou outro
casal neste mesmo lugar. Tudo leva a crer que este cavaleiro era
filho de Lourenço Peres "Cerveira".
Nos meados do Século XIII, a paróquia era da apresentação dos
descendentes da linhagem do alcaide Cerveira, embora o mosteiro de
Santa Cruz também tivesse aqui padroado, direito que certamente se
deve a doação do referido alcaide.
O padre Soeiro Esteves, em 1321, era abade de S. Martinho de
Sejães. Este padre, neste mesmo ano, doou ao Mosteiro de Salzedas
umas casas em Viseu (ao Arco).
Mais tarde, Sejães era curato da apresentação da Vigairaria de
Oliveira de Frades.
Nas Memórias Paroquiais de 1732, diz-se que "O pároco se chama cura
que apresenta o Vigário da vila de Oliveira de Frades". (1)
Nesta mesma data, a freguesia de Sejães
possuía 50 fogos. O lugar da Igreja tinha apenas dois fogos. No
lugar de Sejães, a caminho do Vouga, existia, então, a ermida de S.
Vicente… No Casal, em 1732, já estava concluída a capela de
S. Mateus.
Foi sempre uma freguesia essencialmente rural. A situação
geográfica privilegiada, soalheira, junto ao rio Vouga, com
abundância de água e bom clima, favorece os agricultores na
produção, em especial, de vinho, milho, legumes e frutos. A laranja
de Sejães foi sempre e é muito afamada.
Associada à agricultura, desenvolveu-se uma indústria rural de
elevada importância para a freguesia: os lagares de vinho, lagares
de azeite, os moinhos, destilarias e moagens. As águas do rio Vouga
favoreceram a construção de moinhos, que funcionavam durante quase
todo o ano: "Tem
sete rodas de moinhos”(2)
refere o pároco de Sejães em 1732. O mesmo cura registava outras
obras de hidráulica existentes no rio Vouga: "tem alguns açudes, levadas e
represas". (3)
Quanto ao pescado, escreveu: "é abundante de peixes. A maior
pescaria se chamam barbos e bogas e as pescarias se fazem de Junho
até Setembro de cada um ano. As pescarias sam livres neste sítio".
(4)
Há notícia de que, em 1724, o pedreiro Manuel Francisco, morador em
Fundo de Vila, na freguesia de Pinheiro de Lafões, contratou uma
ponte sobre o rio Vouga, no limite de Sejães, no sítio do
Buraquinho, por 7.000 reis. (5) Acontece, porém, que, em 1732, o
pároco de Sejães, diz que "não tem pontes nem de pedra nem de
pau".
Os moradores de Sequeirô, em 1794, construíram uma capela dedicada
a Santo António (licença de 2 de Setembro de 1794). (6)
Em 1809, corpo da igreja matriz de Sejães foi reformado e ampliado,
reparando-se um altar, capela-mor e sacristia. No corpo da igreja
existia um altar de S. Sebastião, completo de madeira, urna de
talha, pedra de ara com relíquias encaixilhadas, quatro castiçais
de bronze e cruz com a imagem do Santo Cristo.(7) Um ano depois, os
paroquianos de Sejães, para acrescentarem a igreja e construirem o
arco do Cruzeiro, demoliram os altares colaterais. (8)
Ponte Luís Bandeira
A
ligação entre as duas margens do Vouga fazia-se através de pontões
e passadeiros, aqui chamados poldras (corruptela de alpondras) e
modernamente a ligação rodoviária foi facilitada pela ponte Luís
Bandeira, a primeira do País a ser
construída em betão armado.
"ASSUNTO: Ponte Luís Bandeira.
LOCALIZAÇÃO: SEJÃES, Concelho de Oliveira de Frades, Distrito de
Viseu, sobre o rio Vouga.
OBRA DE: Empreitada dos engenheiros construtores Moreira de Sá
& Malevez.
CRONOLOGIA: A construção iniciou-se em 10 de Junho de 1907, tendo
ficado concluída em 14 de Setembro de 1908.
DESCRIÇÃO: Construção inteiramente de formigão de cimento armado,
sistema Hennebique. Comprimento -44 metros; largura - 4,50 metros,
dos quais 0,75
metros para cada passeio; abertura de arco - 32 metros; flecha
-6,40 metros; espessura de pavi¬mento, 12 centímetros e dos
passeios, 10 cen¬tímetros.
Foram aplicadas 16 toneladas de aço Bessemer e 60 metros cúbicos de
formigão.
Peso total do tabuleiro: 167 toneladas. Sobrecarga para que foi
calculada: 78 toneladas". (9)


Sejam
discretos, se possível façam o CITO.
Divirtam-se, tirem fotos e publiquem.
BY


Enjoy