A Linha de Guimarães, originalmente denominada de Caminho de Ferro de Guimarães, é uma linha férrea portuguesa de serviço maioritariamente urbano, que se compreendeu, na sua extensão máxima, entre a Estação Ferroviária de Porto-Trindade e a localidade de Fafe; o primeiro troço, entre a Trofa e Vizela, entrou ao serviço em 31 de Dezembro de 1883, tendo a linha sido inaugurada, na sua totalidade, em 30 de Outubro de 1938.
Caracterização e serviços
A linha designada como "Linha de Guimarães" corresponde, actualmente, ao troço ferroviário entre Lousado e Guimarães, sendo que o restante serviço ferroviário é feito através da Linha do Minho durante o percurso entre Porto S. Bento e Lousado. A Linha de Guimarães é, assim, constituída por linha simples electrificada, com bitola ibérica, permitindo a circulação de automotoras e locomotivas eléctricas a velocidades até aos 100 km/h.
O serviço ferroviário de passageiros é composto por dois tipos de serviços. O serviço urbano é prestado pelos suburbanos do Porto, que fazem a ligação entre Guimarães e o Porto em 1h15, em automotoras eléctricas da Série 3400, que entraram ao serviço em 2002. O outro serviço é o InterCidades, prestado pela CP Longo Curso que possibilitam a ligação directa entre Guimarães e Lisboa, durando a viagem cerca de 4h15, através de locomotivas eléctricas da Série 5600, com as carruagens de passageiros do serviço InterCidades.
Existiu o projecto que previa uma interligação em Cavez (Arco de baulhe) com as 3 linhas: Corgo (Vila Real e Chaves) e Tâmega que por sua vez se interligaria com a linha de Guimarães. Ligando Trás-os-Montes e o Minho a Fafe, Guimarães e consequentemente ao Porto e ao resto do pais. Todos os projectos abandonados pese o facto da redução de tráfego.
Material circulante
Em 1982, encontravam-se a circular, em toda a extensão desta linha, composições rebocadas por locomotivas da Série 9020.
História: antecedentes, planeamento, construção e inauguração
Em contraste com o resto do país, aonde a instalação dos caminhos de ferro era habitualmente realizada através de concessões a empresas privadas, nas regiões do Douro e Minho, predominou a intervenção estatal; com efeito, depois da construção, por parte do Governo, das Linhas do Minho e Douro, também se considerava que a instalação das ligações secundárias, afluentes das linhas principais, também lhe deveria ser directamente atribuída. No entanto, o processo de construção da Linha de Guimarães distinguiu-se desta situação, tal como sucedeu com a Linha da Póvoa, uma vez que se baseou principalmente em iniciativas privadas. Ainda assim, constituiu um exemplo dos resultados da falta de método na construção da rede ferroviária.
Em 11 de Julho de 1871, o empresário Simão Gattai recebeu a concessão para construir um caminho de ferro de carros americanos, utilizando carris por cima de estrada, com 1 metro de bitola, entre o Porto e Braga, passando por Santo Tirso e Guimarães; o concurso foi alterado em 28 de Dezembro de 1872, tendo sido incluído um ramal que, passando por Vizela e Fafe, ligasse com a Linha do Minho, e uma linha métrica em leito próprio entre a Trofa e Bougado. Em 17 de Outubro de 1874, a concessão foi trespassada para uma companhia de nacionalidade inglesa, e um despacho de 18 de Fevereiro de 1875 retirou a obrigação de construir o ramal; nesse ano, também se limitou o traçado apenas de Bougado a Guimarães, e autorizou-se a utilização de via larga.
No entanto, a construção revelou-se muito morosa, tendo apenas sido construídos cerca de 6 quilómetros de via larga, entre Bougado e Santo Tirso, quando a empresa entrou em falência, em 1879. O contrato foi revogado em 16 de Abril de 1879, e, no mesmo dia, foi autorizado o projecto de António de Moura Soares Velloso e do Visconde da Ermida, que representavam uma nova empresa, para a construção de uma ligação ferroviária, em via larga, entre Guimarães e Bougado, sem apoios do Estado; em 5 de Agosto de 1880, foi aceite o pedido para que a linha fosse construída em via métrica.
O primeiro troço, com cerca de 16 quilómetros de extensão, entre a Trofa e Vizela, entrou ao serviço em 31 de Dezembro de 1883; o troço a partir da Trofa, e a travessia do Rio Ave, pela Ponte do Ave, foi construído em via algaliada, em conjunto com a Linha do Minho. A linha chegou a Guimarães em 14 de Abril de 1884 e com ela 30,8km entre Lousado e Guimarães.
Expansão até Fafe
Em 22 de Novembro de 1901, Carlos I de Portugal autorizou a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães a construir e explorar o troço entre Guimarães e Fafe. Tal como o resto da linha, este novo troço deveria ser construído em bitola métrica; como não teve quaisquer apoios do estado neste projecto, a companhia publicou vários títulos de dívida para financiar as obras, e adquirir o material circulante, tendo esta linha sido aberta ao serviço em 21 de Julho de 1907. Com ela a linha cresceu mais 21,2km. Passando o comboio a viajar entre Lousado e Fafe 52km.
Recordando que a linha tinha 21,2km, a clicovia apenas tem 15km. Actualmente a zona onde passava a linha foi ocupada pelo cimento, tendo-se perdido parte importante desse património, quer do lado de Guimarães (estação) até Mesão Frio, quer do lado de Fafe até à antiga Estação.
Encerramento do troço entre Guimarães e Fafe
Em 1986, o troço entre Guimarães e Fafe foi totalmente encerrado ao tráfego ferroviário. Por curiosidade, o mesmo ano em que Fafe passou de vila a Cidade... curiosidade ou coincidência?
A Ciclovia (info gentilmente cedida pelo site CICLOVIA)
Depois de desactivada, a antiga linha ferroviária que unia as cidades de Guimarães e Fafe foi então transformada em Ecopista.
Em 1996, a Câmara Municipal de Fafe, abriu ao público a Pista de Cicloturismo de Fafe, com uma extensão de sete quilómetros, desde Fareja até Foz, estendendo-se por zonas predominantemente rurais. Em 1999 a Câmara Municipal de Guimarães completava o trajecto e inaugurava a Pista de Cicloturismo no Concelho de Guimarães, fazendo a ligação entre a Fareja e a Devesa, na Freguesia de Mesão Frio, com um percurso de cariz mais suburbano.
Assim, a Pista de Cicloturismo Guimarães-Fafe, vai desde a Freguesia de Mesão Frio, Concelho de Guimarães, a cerca de três quilómetros do centro da Cidade, até ao Lugar de Foz, a cerca de um quilómetro do centro da Cidade de Fafe num total aproximado de 15km.
Ao longo de toda a sua extensão a Pista é intersectada diversas vezes por cruzamentos com estradas principais e secundárias, proporcionando aos utilizadores múltiplos acessos de entrada e saída.
Após uma ligeira subida, o trajecto do lado de Guimarães é praticamente sempre a descer até se encontrar com o percurso de Fafe, em Infantas.
O piso é asfaltado e tem pintado no centro um traço contínuo branco que separa o tráfego nos dois sentidos com largueza suficiente. Também possui sinalização Vertical e Horizontal específica.
O trânsito motorizado está proibido em toda a Pista de Cicloturismo e, com excepção do primeiro cruzamento, em todos os outros os utilizadores da Ecopista têm prioridade sobre quem se apresenta, tanto pela direita como esquerda.
Do lado de Guimarães
Inauguração:
24 de Junho de 1999.
Após uma ligeira subida, o trajecto do lado de Guimarães é praticamente sempre a descer até se encontrar com o percurso de Fafe, em Infantas.
O piso é asfaltado e tem pintado no centro um traço contínuo branco que separa o tráfego nos dois sentidos com largueza suficiente. Também possui sinalização Vertical e Horizontal específica.
O trânsito motorizado está proibido em toda a Pista de Cicloturismo e, com excepção do primeiro cruzamento, em todos os outros os utilizadores da Ecopista têm prioridade sobre quem se apresenta, tanto pela direita como esquerda.
Extensão:
8,184 km.
Do lado de Fafe
Inauguração:
24 de Outubro de 1996.
O Percurso de Fafe, com um traçado mais rural, é praticamente sempre a descer. Em toda a sua extensão, nos cruzamentos de nível, os utilizadores da Pista de Cicloturismo têm prioridade sobre os outros veículos.
A cerca de 3 quilómetros da cidade de Fafe, foi recuperado o edifício de uma das antigas Estações da CP, Cepães, e convertido em Café. Logo a seguir, a Ecopista atravessa o Rio Vizela junto ao Complexo Desportivo de Rilhadas.
Todo o percurso está devidamente sinalizado com sinalética e informação vertical e, no piso de asfalto, para além do traço contínuo branco separador dos dois sentidos, existe ainda informação quilométrica.
Extensão:
5,946km
As caches:
- Este powertrail é composto por 40 caches. Todas elas acessiveis a todos os GC. Não existem nem premium nem bónus caches.
- Regra geral estão nas proximidades da ecovia a 1 ou 2 metros do seu eixo (linha branca). Fáceis de se encontrar.
- Convém no entanto ter em atenção os mugglers que passam e aparecem de repente. Sejam discretos.
- Nenhuma delas possui material de escrita.
- Todos os contentores são iguais e reciclados.
- Respeitem a natureza, os contentores, os GC que se seguem, e claro a cache.
- Um powertrail de caches numa ciclovia é uma "recompensa" ao exercicio.
- Desfrutem da paisagem e do exercicio: a pé, de bicicleta, trotinete ou skates.
- Deixem as caches melhor ocultas do que aquilo que as encontraram ... mas sem exageros p.f..
- Sempre que possivel façam C.I.T.O. (cache in trash out).
Não façam CITO p.f. aos contentores
DIVIRTAM-SE!!
Another cache by:
ENJOY