A Igreja Sra. das
Neves:
Por alturas do Natal de
2011 um familiar disse-me que tinha estado nesta igreja. Até aqui
nada de novo.: turismo cultural.
Mas
depois de saber o motivo, não descansei enquanto não vim até cá e
conhecer a Santinha em questão: Nossa Senhora das Neves e aqui
colocar uma cache.
As
festividades em honra de Nossa Senhora das Neves (ultimo domingo de
Agosto), na Lagoa (dia principal na sexta-feira) e à Senhora das
Graças, em Travassós (sábado e
domingo).
A
romaria em honra de Nossa Senhora das Neves, no santuário da Lagoa,
lugar dividido pelas
freguesias de Aboim e Várzea Cova, acaba por ser uma das principais
e mais simbólicas romarias do concelho de Fafe e de todo o Minho,
no quadro do culto à Virgem Maria. Para alguns, mesmo a primeira.
Aqui ficam alguns dados sobre a mesma.
Todos os anos, na última
sexta-feira de Agosto, como manda a tradição, milhares de devotos
sobretudo do Norte, sobem à Lagoa, com um único objectivo, para
além de rezarem e cumprirem promessas: colocar a imagem de Nª Sª
das Neves na cabeça. Crêem assim ficar libertos do mal. O gesto de
colocar a pequena “santa” na cabeça funciona como
exorcismo, ou na linguagem popular dos que o fazem, para
“tirar o
Diabo”.
As
primeiras referências ao culto de Nossa Senhora das Neves aparecem
no início do século XVIII (1706), na Corografia
Portuguesa, do Padre Carvalho da
Costa.
Seis anos após esta
descrição, em 1712, Agostinho de Santa Maria publica Santuário
Mariano, e História das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora,
em que fala da Senhora das Neves da Lagoa. Aí refere que o lugar de
“Alagoa” pertence, uma parte, ao concelho de Monte
Longo e outra ao de Basto. O Santuário situava-se “na parte
que pertence a Monte Longo, (...) em um terreno largo, e espaçoso,
(...) sítio muito áspero, e escabroso;
porque é uma terra de muitas penedias, e matos muito fechados, e
espessos, e muito alta e ingreme de subir. No inverno é este sítio
muito frio, e desabrido, pela muita neve que ali
cai”.
O
cronista aborda a lenda que deu origem ao culto e que foi
transmitida, de geração em geração, até aos nossos dias. Segundo a
tradição, a imagem apareceu a uma inocente pastorinha que guardava
algumas ovelhas no monte da Lagoa, em dia de muita neve, sobre uma
árvore a que chamavam “esqualeiro” (escalheiro).
Rejubilante com o achado tesouro, a pastorinha tomou a imagem da
Senhora e meteu-a no cabaz em que costumava recolher o pão e as
maçarocas. “Com esta rica jóia se recolheu a casa muito
alegre, e chamava à Senhora a sua Santinha, e lhe ia fazendo muita
festa”. Ainda segundo aquele autor, a jovem pastora
“naquela noite sonhou que a Senhora lhe dizia, que no lugar
em que a descobrira, se lhe devia fazer uma casa em que fosse
venerada”. Quando, ao acordar, foi buscar a imagem ao cesto
das maçarocas e não a encontrou, inquietou-se.”Toda sentida e
lacrimosa”, correu para o monte onde a tinha encontrado e foi
a própria Mãe de Deus que a consolou, dizendo-lhe: “Não
chores, que cedo me verás todos os dias”.
Ajuntam outros, acrescentando a lenda, que os pastores colocaram a
imagem num carro de bois que, depois de uma longa caminhada, parou
no largo onde depois se ergueu o
Santuário.
No
século XVIII, já temos assim testemunho de que o culto à Senhora
das Neves estava espalhado pela região, pois “as maravilhas,
que obra Deus por intercessão de Sua Santíssima Mãe em este
Santuário, não têm número”, sendo assim este muito
frequentado por grande número
de
romeiros de Braga e Guimarães.
Para o Padre Coelho de
Barros, anterior capelão do Santuário, não há
exorcismos, nem
possessões diabólicas no local, antes manifestação de fé mariana.
Seja por que razão for, para “tirar o Diabo”, como reza
a tradição, ou por pura expressão de Fé, o que é certo é que a
romaria em honra de Nossa Senhora
das Neves da Lagoa é uma das mais concorridas do Minho, concitando
a presença de milhares e milhares de romeiros das mais variadas
partes do norte do País, enchendo por completo o amplo
recinto do Santuário e colorindo
a montanha com larguíssimas centenas de automóveis e
autocarros.
O
Santuário de Nossa Senhora das Neves, que comporta ainda imagens da
família de Nossa Senhora (S. Joaquim, Santa Ana, S. José, Menino
Jesus, Zacarias, Santa Isabel e S. João Baptista), é um dos motivos
mais importantes do concelho de Fafe, ao nível do turismo religioso
e cultural, que importa conhecer e
valorizar.
Eu
como tive acesso á igreja, não hesitei (pelo sim pelo não) em pedir
que me colocassem a imagem sobre a cabeça .
A
Cache:
A cache é um tradicional
rolo fotografico.
Contem logbook e
stashnote. Deixem como encontraram, neste caso do lado esquerdo do
sinal. Retirem e posicionem com o devido cuidado.
Sejam discretos na vossa procura usem a maquina fotografica como
vosso aliado.
Respeitem a natureza.
Obrigado.
Sempre que possivel façam C.I.T.O. (cache in
trash out) e divirtam-se.
Espero que
gostem.
Mais uma cache
by:
ENJOY!