
O sítio rural islâmico do Alto da Queimada, designado como uma alcaria, situa-se na crista da Serra do Louro. A área escavada entre 1996 e 2005, revelou intensa sequência ocupacional ao longo dos sectores I a III.
O povoamento mostra sinais de ocupações anteriores, dos períodos romano e pré-islâmico, reconhecendo-se uma continuidade de povoamento atribuível à grande fertilidade da região e às boas condições de localização e defesa. A população campesina que, em época islâmica, estruturou e habitou a alcaria desde a fase emiral até inícios do século XI, mantinha inegáveis ligações fiscais e culturais ao castelo de Palmela.
A alcaria define-se no sentido poente-nascente, com habitações rectangulares, de aparelho grosseiro em pedra associado a paredes obtidas do talhe da rocha local e a coberturas de materiais perecíveis. definem-se espaços com funções ligadas ao quotidiano agropastoril, nomeadamente áreas de armazenamento, mas também outros, de cariz religioso. As marcas de uma economia predominantemente agrícola evidenciam-se na recolha de instrumentos e utensílios vários mas também se documentam outras actividades, como a pesca, justificada pela proximidade do estuário do Sado.
O Museu Municipal de Palmela – que terá uma estrutura polinucleada a nível concelhio, a fim de garantir a preservação da diversidade de memórias e património que particularizam cada freguesia – tem sede no castelo de Palmela.
Localizado no Parque Natural da Arrábida, num troço culminante da Serra de Louro, de onde se avistam o Sado e o Tejo, o Castro de Chibanes alia, ao seu enorme interesse cultural, um enquadramento paisagístico de rara beleza.
A mais antiga ocupação humana de Chibanes iniciou-se há cerca de 4800 anos, durante a Idade do Cobre. Actualmente, Chibanes é o único exemplo conhecido e visitável de uma fortificação calcolítica em toda a Península de Setúbal.
A vida deste povoado desenvolveu-se até ao final do Horizonte Campaniforme (há cerca de 3700 anos) e assentou sobre uma economia agro-pecuária florescente, muito embora a prática da caça e da recolecção de moluscos marino-estuarinos esteja igualmente documentada. A metalurgia do cobre fez parte das actividades artesanais. A população de Chibanes terá enterrado os seus mortos na vizinha necrópole de hipogeus da Quinta do Anjo.
Abandonado no final do Horizonte Campaniforme, o sítio de Chibanes viria de novo a ser utilizado como local de residência em períodos de grande instabilidade sócio-política, como foram a II Idade do Ferro (sécs. III-II a.C.) e o período proto-romano, também designado por romano-republicano (sécs. II-I a.C.). Nessa altura ocorreu a construção de uma fortificação associada à urbanização do espaço intra-muros, e a sua reformulação, sob influência itálica, nomeadamente através do acréscimo de estruturas “abaluartadas”, no extremo ocidental do povoado.
Todo o estudo histórico-arqueológico desta jazida tem sido realizado pelo Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal (MAEDS).
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Visitem também as caches: "Castro de Chibanes - Fortificação" e "Pó-de-Anjo [Palmela, Setubal]", porque ambas as caches estão relacionadas.
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