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O “Vouguinha” como é conhecido o comboio da linha do Vouga, onde o guarda-freios abre e fecha as cancelas das passagens de nível. Entre Sernada do Vouga e Espinho, a viagem atravessa a Serra da Gralheira por entre matas e eucaliptos; atravessa, Aveiro, Águeda, Espinho, Feira, S. João da Madeira e Oliveira de Azeméis.
Apesar do aumento de passageiros em 2007, o "Vouguinha" é um comboio de outro tempo. Em 1907 teve início a construção da linha-férrea que liga Espinho - Oliveira de Azeméis, estendendo o seu percurso até Sernada do Vouga, e passado uns anos até Viseu, ligando a serra à praia.
Inaugurada a 21.12.1908, pelo Rei D. Manuel II, e construída pela “Compagnie Française pour la Construction et Explotation de Chemins de Fer à l’Étranger”, esta linha é das poucas que ainda dispõe de manobrador, que tem como função fechar e abrir cancelas. O comboio pára, o manobrador sai, e fecha a cancela, aquele passa, e ele volta a abrir a cancela. Casos há em que é o próprio maquinista o manobrador. Esta linha, que percorre paisagens e lugares de singular beleza, cuja história é, a partir deste momento secular.
A circulação é gerida "à vista", ou melhor, pelo telefone: nas estações, na maioria fechadas, o revisor sai da automotora para telefonar para Sernada do Vouga a avisar que o comboio vai seguir.
A Linha do Vouga tem outras particularidades como uma caricata rotina, nas passagens de nível entre Sernada do Vouga e Oliveira de Azeméis, em que o manobrador chega mais depressa do que o comboio: é que tem de ir à frente fechar as cancelas.
Ainda é assim, por exemplo, na estação de Albergaria-a-Velha que, de portas fechadas, nem os horários tem afixados de forma visível.
Por volta das 15:10, o "Vouginha" pára para desembarcar os passageiros e, com eles, desce o manobrador, que vai a pé até à guarita onde está o mecanismo de baixar as cancelas.
A um sinal seu a composição inicia a marcha, para se quedar um pouco mais à frente da passagem de nível. É a vez de dar à manivela para levantar as cancelas e fazer a caminhada até ao comboio para prosseguir viagem, indiferente ao movimento, ainda lento, da fila de carros que o aguardou.
Atravessando ainda hoje paisagens únicas, do mar à serra, de Espinho e de Aveiro a Sernada do Vouga, a linha foi inaugurada por D. Manuel II durante a apoteótica viagem que fez ao Norte, pouco depois do regicídio.
A transformação em metro de superfície e alguns dos seus trechos, o aproveitamento turístico noutros são ideias recorrentes, perante a ameaça das novas vias rápidas e auto-estradas já construídas, a A29 e a A1, ou anunciadas para a zona, como a ligação rodoviária de Aveiro a Águeda, ou a auto-estrada entre Coimbra e Oliveira de Azeméis, que podem retirar-lhe os passageiros que ainda vai captando.
Additional Hints
(Decrypt)
Iven r eriven