Albufeira de Vila Fernando
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:  (regular)
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Situada na herdade de Vila Fernando, esta freguesia que tem a área de 51,3 Km², apresenta-se contudo como a que detém menor número de população residente, apenas 369 habitantes, isto apesar de distar a 14 Km da sede do concelho.
No relatório apresentado pelo pároco da freguesia, após o terramoto de 1755, consta que na herdade de Vila Fernando, havia antigamente umas «ténuas casas» a que se chamava Vila Fernando, «e ainda hoje há alguns vestígios de paredes antigas». Tomaz Pires diz que Vila Fernando foi primitivamente da família ZAGALO e que quem fosse FERNANDO, provavelmente dessa família, que desse o nome à quinta, granja ou vila. À actual Vila Fernando, cujo nome árabe foi de Alcarapinha (onde em meados do Séc. XIII se concentrava o maior número de agricultores) recebeu este nome mais tardiamente. Ainda hoje lhe chamam Aldeia da Conceição, porque a igreja paroquial tem por orago Nossa Senhora da Conceição. O documento mais antigo que se conhece com referência a Vila Fernando é uma carta de couto datada de 1363. Os registos paroquiais mais antigos datam de 1620. Vila Fernando pertenceu à Casa de Bragança, por compra que fez ao então proprietário, D. Catarina, mulher do Duque D. João I.
Em Vila Fernando, com início no ano de 1882, existe o instituto de Reinserção Social, antiga Escola Correccional. É de notar que este instituto se dedica a preparar os jovens de hoje em homens de amanhã. A planta foi feita pelo senhor Eng.º Mendes Guerreiro. A aldeia de Vila Fernando, para além de aldeia da Conceição, é também conhecida na região como a «PIORNA». Esse nome deriva das piorneiras que antigamente rodeavam a aldeia, e eram tão grandes, que serviam de refúgio para os que quando ali passavam fugiam das alcateias de lobos, que por sinal existiam na zona. Sendo a freguesia do concelho com menor número de habitantes, Vila Fernando nem por isso deixa de ter os seus motivos de interesse, as suas tradições, usos e costumes, e as potencialidades. As actividades que aqui predominam são o comércio, a agricultura e funcionalismo público. Esta última devido ao facto de aqui estarem instalados o Instituto Nacional de Reinserção Social, antiga Escola Correccional, e uma delegação do Ministério da Agricultura, Pesca e Alimentação – Instituto de Investigação Agrária, que emprega grande parte da população. Importantes explorações agrícolas existem na freguesia como o Monte da Defesa, Monte da Torre dos Frade, Quinta das Casas Velhas e Monte da Alcarapinha, entre outras. A população desta freguesia, para além de ao longo dos tempos ter absorvido os indivíduos que saíram do instituto, que ali criaram novas raízes e constituíram família, não perdeu as suas tradições ao bom jeito alentejano. A matança do porco, a matança do borrego na Páscoa, os cânticos pelo Natal e a tradicional «missa do galo», são tradições que se mantêm vivas. Era tradição, nas matanças do porco organizar-se um baile na casa da matança, com o intuito de através do arrojar dos pés, tirar as nódoas que ficavam no chão. A sua gastronomia, tipicamente alentejana, engloba pratos como as migas, ensopado e assado de borrego, sopas de tomate, gaspacho e açorda, não esquecendo os doces como fatias com ovos (fatias paridas) e o arroz doce.
A cache é small e encontra-se numa margem da Albufeira. Aproveite e disfrute da paisagem.
Additional Hints
(Decrypt)
Pnagrveb, 37, 40