Com o seu centro situado a 8 km da cidade do Porto, tem uma população aproximada aos 13.000 habitantes, a que corresponde cerca de 11.000 eleitores, e dispõe de uma superfície de 419, 6.870 km. Tal superfície é pouco acidentada, com excepção do Monte de S. Caetano, cuja cota ultrapassa os 100m.
Até há uns anos atrás, a agricultura era a sua actividade principal. Hoje, a situação é diferente. Algumas indústrias de pequena e média dimensão fazem de Vilar do Paraíso uma terra porventura mais urbana.
Com um historial milenar, pertenceu ao antigo Couto da Tarouquela, que chegou a ser propriedade de D. Afonso Henriques e mais tarde do Mosteiro de Grijó, reminiscência deste antigo Couto e do seu Mosteiro, é a Capelinha das «Alminhas» de Tarouquela, que ostenta magníficos painéis de azulejos da extinta Fábrica do Agueiro.
No foral manuelino, a freguesia é citada como «Parayso» e, nas Constituições Sinodaes, é um «Curado». O «Julgado de Gaya», nas Inquirições de D. Dinis, refere-se a «Sam Pedro de Parayso».
O património é vasto e rico. Desde o natural (de que o Parque de «S. Caetano» e a Quinta da Formiga são expoentes) ao arquitectónico.
A Igreja Matriz, para além da renovada Capela de S. Martinho e da Capela (Ermida) de S. Caetano, é a peça mais distinta do património religioso e, afinal, do demais património, pela simples razão de que a sua capela-mor está classificada de monumento nacional. A Quinta do «Menino d´Ouro», a Quinta da Formiga, a «Vila Alice», a Quinta da Condessa de S. Tiago de Lobão, a Quinta do Albaninho e a Quinta das Freiras, são exemplos notáveis de casas senhoriais.
De assinalar, também, as fontes e «alminhas» existentes, quase todas com elementos decorativos incorporados.
No campo sociocultural, há um forte espírito associativo, que se estende por algumas actividades. Eis os nomes das respectivas instituições: Associação Columbófila de Vilar do Paraíso; Associação Cultural e Recreativa «Os Amigos Vilarenses»; Associação Recreativa «Entre-Parentes»; Associação Recreativa de S. Martinho d' Além; Centro Ciclista de Vilar do Paraíso; Grupo Desportivo da Ilha; Grupo Dramático de Vilar do Paraíso; e Rancho Folclórico de Vilar do Paraíso.
Existem também outras instituições, embora de índole diferente, mas de igual modo com uma implantação notável no meio: referimo-nos à Academia Musical de Vilar do Paraíso e ao Agrupamento de Escuteiros nº 321 (Corpo Nacional de Escutas), o primeiro a ser criado em V. N. de Gaia, já lá vão oitenta anos.
Curiosidade:
No tempo dos cruzados havia um conde chamado conde de lobão, que um dia, quando vinha de uma das cruzadas, foi até ao mercado e viu uma feirante e achou-a muito bonita. Perguntou-lhe se ela queria ir viver com ele, mas ela aceitou com uma condição: casarem.
Como o marido era cruzado, andava muitas vezes fora de casa. Entretanto ele morreu e ela ficou sozinha com os criados e o mordomo. Passados alguns anos, ela morreu, mas antes disso tinha escondido o seu grande tesouro onde ninguém sabia. Então começaram a procurar, mas não encontraram nada. Depois o mordomo morreu. Ao longo dos anos, foram morando algumas pessoas, mas saíram porque diziam que 'ouviam' ou 'viam' a condessa.
A casa foi vista e revista de cima a baixo, mas nada… Reza a lenda que o tesouro escondido continua lá na casa.

|