Situada na área central do Concelho, Perosinho detêm um território algo modesto em extensão.
Encontra-se entre as freguesias de Canelas, Pedroso, Grijó, Sermonde e Serzedo.
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História
O topónimo “Perosinho” advém das condições geológicas da área, tal como a vizinha freguesia de Pedroso, derivando de petra (pedra), petrosus (pedregoso); da proximidade do Monte Murado, qualificativo dado à povoação castreja de ocupação comprovada desde o período neolítico e até à época de ocupação romana do território, com vestígios das suas habitações e arruamentos; e da ligação desta Freguesia ao Mosteiro e Couto de Pedroso, derivando deste último nome, o diminutivo, como de Pedrosinho.
Em 922, é chamada Perosino, em doação de certas propriedades ao mosteiro de Grijó e aparece referida nas Inquirições de D. Dinis, 1307, como S. Salvador de Perosyo e nas Inquirições de D. Afonso V, 1444, como Porrosinho e no foral de Gaia e Vila Nova, de D. Manuel I, 1518, é Pedrosinho.
Foi elevada a Vila em 19 de Abril de 2001.
Características
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Na Igreja matriz, em lápide colocada numa parede exterior, dá-se nota de ter pertencido esta igreja ao Mosteiro de Grijó com todas suas rendas e direitos, a que esteve agregada até 1836, data da extinção das ordens religiosas.
A actual Igreja foi inaugurada em 1802 em substituição da anterior, já existente em 1132, de acordo com a dita lápide. Tem uma só nave com seus altares de rica talha dourada e alguma escultura de muita qualidade e antiguidade: Senhora do Leite, em Pedra de Ançã e atribuída à Escola de João de Ruão, séc. XVI; e Senhora do Carmo, imagem do séc. XVIII.
É templo de linhas sóbrias mas equilibradas, num estilo entre o barroco austero e o neoclássico mais pragmático. De portal rectangular, ombreiras ornamentadas e rematadas por frontão circular quebrado. Sobreposto por um janelão sobrepujado por lintel arqueado. É adossada por torre sineira de planta quadrada, em perfeita comunhão de linhas com a fachada.
Nª. Senhora do Carmo, de muita devoção na freguesia, tem Confraria de muitos irmãos e Estatutos desde 1733 e tem Festa na Matriz com muita pompa, a 16 de Julho. Do espaço envolvente da Igreja alcança-se deslumbrante panorâmica sobre diversos lugares da Freguesia. Sirgueiros é um bonito lugar pleno de rusticidade e sossego. Aqui festeja-se Santa Catarina em Capela existente, já, em 1320 e reconstruída no séc. XIX. Castro é um lugar associado à proximidade da povoação da Idade do Ferro que lhe fica ao pé: Castro de Monte Murado, na Freguesia vizinha de Pedroso. Nª. Senhora do Castro ou do Castelo festeja-se neste lugar, a 15 de Agosto, em Capela anterior à nacionalidade e restaurada no séc. XVIII.
Tem também as Capelas de Santa Marinha, que existem desde 1320, com sua imagem de pedra ao centro do altar; do Senhor do Calvário, posterior a 1758, é a 12ª Estação de uma Via Sacra que principia da Capela de Santa Marinha; do Senhor de Brandariz, posterior a 1758; e a Capela da Quinta da Pena.
Invocações que protegiam o povo e a terra, fértil, que abasteciam as vizinhas Gaia e Porto de muitos produtos hortícolas, de tanoeiros, carpinteiros, pintores, trolhas, e outros profissionais.

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