Estes animais podem ser originários destes meios ou terem mudado para estes locais por migração, consequência de alterações fisiográficas ou por transporte pelo Homem. Algumas destas raças, que hoje consideramos autóctones, podem ter origem em cruzamentos entre raças locais que se perderam ou mesmo noutras que ainda hoje subsistem, mas que evoluiram noutro sentido. A importância da manutenção das raças autóctones é múltipla, podendo-se salientar o seu papel nos agro-3cossistemas, permitindo uma utilização eficiente dos recursos disponíveis, tanto genéticos como materiais, contribuindo para a manutenção de sistemas de produção sustentáveis (nomeadamente porque utilizam sub-produtos agrícolas que dificilmente teriam outro aproveitamento) e para a fixação das populações rurais. É igualmente impor4tante do ponto de vista da conservação da diversidade genética, uma vez que cerca de metade das diferenças genéticas são únicas para cada raça e a outra metade é comum a todas as raças da mesma espécie.
1 - Origem da raça - Crê-se que os ovinos da raça Churra Galega Mirandesa têm relações filogenéticas com o Ovis aries studery . A criação de ovinos no Planalto Mirandês data de alguns séculos. Já no primeiro censo efectuado a nível nacional em 1980 no qual se fazia a divisão dos ovinos em três tipos, o Bordaleiro, (com os subtipos Fel4troso, Churro e Comum), o Merino e o Estambrio, eram referidos em Trás-os-Montes como os Bordaleiros Comuns no Planalto de Miranda do Douro. Segundo Bernardo de Lima (1873), no Planalto Mirandê5 existiam os ovinos Churros do tipo Galego Mirandês. Considerava-se então em Trás-os Montes a sub-raça Bordaleira Churra, com “ aplicação industrial que é própria, isto é, satisfaz os três fins que lhe pedem: fornecimento de lã, de carne, e de estrume …”. Considerava-se como tradicional o sistema de pastoreio, “vivem de dia e de noite no campo, pernoitam nas cancelas para adubar as terras de cultura…” (Ortigosa, 1926)
2 - Classificação e caracterização da raça - Cabeça em geral comprida, afilada, de perfil craniano sub-convexo e sem lã; as fêmeas não têm cornos, estes são frequentes nos machos e têm uma forma espiralada e de secção triangular. Os olhos de tamanho médio e circundados de manchas pigmentadas castanho escuro ou preto, distribuição essa que se verifica igualmente nas orelhas e nos lábios. O pescoço comprido médio mas pouco largo, de má ligação ao tronco é coberto de lã em toda a sua superfície, o tronco é pouco volumoso e estreit0, com costelas pouco arqueadas, garrote pouco saliente e espádulas achatadas, garupa um tanto curta, descaída e cauda comprida. O úbere é globoso, com tectos bem implantados. Os membros são curtos mas fortes, frequentemente pigmentados, assim como as unhas, que são rijas e de tamanho médio; deslanados nas extremidades livres. A pele é f1na e untuosa, branca ou amarelada. O velo é extenso e relativamente pesado; constituído por madeixas compridas e pontiagudas. São animais de elevada rusticidade, bem adaptados ao meio onde estão inseridos. O nome da raça corresponde à toponímia da nossa região, sua área de produção. Os ovinos da raça Churra Galega Mirande5a são animais de pequeno porte- elipométricos e brevilíneos- e reduzida corpulência mas têm em contrapartida, um velo extenso, relativamente pesado e lã de apreciável qualidade. A sua alimentação (animais adultos) é essencialmente assegurada pelas pastagens espontâneas (lameiros, terrenos baldios e incultos), pastagens semeadas (ferrãs) e flora arbustiva existente. Os cordeiros alimentam-se de leite materno até ao abate, suplemen7ando com alimentos sólidos (feno, aveia, centeio) a partir das duas a três semanas de idade.
3 - Produtos específicos da raça - Além da carne tenra, suculenta e saborosa graças ao tip0 de alimentação, às condições edafoclimáticas da região Mirandesa e ao modo de produção produzem-nos também a lã. Esta é procurada localmente para ser utilizada no fabrico de artigos de artesanato característicos desta região, por ser gr8sseira, de fibras compridas e com um brilho e toque que as valoriza.
Para descobrir as coordenadas vão ter que ler o texto todo e, pelo meio vão encontrar as coordenadas. Boas leituras e boas cachadas.
No logbook vão encontrar um número que convém guardar, pois vai ser necessário para encontrar a cache final.
N 41.XX.XXX W006.XX.XXX
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