A “Rota da Luz” é um percurso circular designado como pequena rota (PR). Com uma extensão total de 23,0 km, pode ser convertido em dois trajectos, um de 10,5 km e outro de 12,5 km. Este percurso localiza-se no Concelho de Torres Vedras e percorre na totalidade uma das suas freguesias , a da Carvoeira. Conhecida como uma das mais antigas do Concelho, esta freguesia espelha a magnitude da importância vinícola través das suas encostas viçosas repletas do divino néctar de Baco.
Com início ao largo do Centro Educativo da Carvoeira, o trilho conduz-nos ao primeiro ponto mediático, um esplendoroso templo do séc XVII: a Igreja de Nossa Senhora da Luz (Igreja Matriz).
Inebrado pelos sons das aves que esvoaçam o céu, desperta a vontade de apreciar a alargada panorâmica sobre a Serra de Montejunto. Partindo em direcção à Aldeia de Nossa Senhora da Glória, esta povoação convida-nos ao repouso num dos bancos do Largo dos Namorados, saudando-nos com a sua singela Igreja, pequeno templo, estima-se que do século XIX.
Chegada à intercepção com a Rota das Lapas (PR3), seguimos caminho, e sentimo-nos invadidos pelo restolhar intenso proveniente do tradicional ou vanguardista Moinho, que no cimo de cada monte, nos acompanham em pleno durante o percurso. Neste ponto, o destaque vai para os modernos moinhos que compões o Parque Éolico da Serra de São Julião, contrastando com os clássicos moinhos de velas.
Já no descer da Serra de São Julião, a serenidade do Parque 25 de Abril aguça-nos a uma merenda, enquanto em merecedora paragem, o fontanário datado de 1878 nos dá a oportunidade de nos refrescarmos com as suas águas cristalinas.
Daqui partimos em direcção ao Curvel. À “praia do Curvel”. Conta a lenda que um cortador de lã que por aqui tinha passado, ficando por us dias hospedado, a todas as refeições lhe era dado o mesmo prato: Raia Frita. Aquando da sua partida, em cada lugar por onde em seguida estivesse, dizia ter vindo da praia do Curvel.
Passo a passo, eis que chegamos à quinta do Paço. Deste local podemos enlevar a rusticidade desta edificação assim como toda a sua envolvente.
Pelo trilho traçado, o percurso conduz-nos até A-da-Rainha, onde em evocação à Rainha D.Teresa, permanece, até aos nossos dias a perfeição arquitectónica da Quinta da Rainha. Também em memória de seu filho, Segismundo José de Meneses e Alarcão, essa rua foi apadroada, com seu nome em inscrição.
O caminho leva-nos a atravessar a povoação de Carreiras, onde já na sua saída, interceptamos com a Rota do Vinho e da Vinha (PR1). Neste ponto, realçam-se os tons quentes do solo castanho avermelhado mesclando-se com a peculiaridade dos verdes desta vegetação mediterrânica. E num carreiro, que demonstra a grandeza da sua biodiversidade, atravessamo-la em direcção a Almagra.
Quase no término da viagem, invadida de encanto, Zibreira oferece-nos a riqueza de um dos monumentos mais notáveis do distrito de Lisboa, um precioso templo do final do século XVIII: Capela da Madre de Deus. Daqui partimos para o regresso à Carvoeira, tendo o percurso o seu final, no ponto onde se deu a sua partida.
Locais de Interesse durante o percurso
Igreja de Nossa Senhora da uz, Largo dos Namorados (Nossa Senhora da Glória), Capela de Nossa Senhora da Glória, Moinho recuperado (moinho do Cuco), Parque 25 de Abril, Fontanário (1878), Serra de S. Julião, Quinta do Paço, Quinta e coreto no Largo D.Segismundo José de Menezes e Alarcão, Capela de nossa Senhora dos Prazeres (A-da-Rainha), Azenha antiga (Carreiras), Capela da Madre deDeus (Zibreira).
Locais de interesse dado a sua proximidade:
Caves Bonifácio, Quinta do Hespanhol, Igreja de São Julião, Quinta da Faceira, Quinta da Charneca, Adega Cooperativa da Carvoeira.
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