Árvores autóctones – O Castanheiro
A serra de São Mamede, revela uma riqueza biológica impressionante.
Aqui, onde a Beira termina e o Alentejo começa, podemos encontrar, como em poucos locais acontece, uma mescla impressionante de diversidade biológica.
Na flora, encontramos com facilidade a conviver, árvores e arbustos de climas atlântico e mediterrânico. Assim, é comum a sã convivência de carvalhos e castanheiros com sobreiros e azinheiras.
Nesta cache, vamos conhecer um velho exemplar de Castanheiro localizado perto da povoação de Reguengo. Tem como companhia outros castanheiros e inúmeros sobreiros. Na primeira cache encontrará as coordenadas da seguinte, onde encontrará para além da cache e do seu logbook, variadíssimos sobreiros que fazem jus à mescla que atrás foi referida.
Venha, de preferência com equipamento outdoor, oriente-se pelo seu GPS e caminhe rumo a uma árvore que é um autêntico monumento, com toda a certeza secular.
Antes porém, saiba um pouco mais desta espécie:
O Castanheiro (Castanea sativa Miller) é uma árvore de grandes dimensões, que pode atingir 20 a 30 metros de altura.
As suas folhas de um verde brilhante, são caducas no inverno e apresentam a forma de um bico de uma lança, com pequenos dentes.
O seu tronco é liso nos primeiros 15 anos de vida, ganhando fendas com o passar do tempo. Aí se resguardam muitos insetos, o que permite a visita de inúmeras aves insectívoras, enriquecendo deste modo a diversidade biológica da árvore.
Com o passar dos anos, o castanheiro vai ganhando no seu interior grandes tocas, que abrigam inúmeros seres vivos. Nalgumas destas chegam por vezes a caber seres humanos.
A madeira do castanheiro é uma madeira nobre, aproveitada especialmente na construção de mobiliário, portas e soalhos.
Mas é no seu fruto que o homem encontra o rendimento principal desta árvore. As castanhas assadas e o odor que libertam nos dias frios de outono, relembram-nos a todos o sabor de um fruto que faz parte da nossa cultura. O pior de tudo são os espinhos dos ouriços que as protegem, nomeadamente do javali que as procura faminto.
Trata-se de uma árvore que se não for atingida pela doença da tinta, se torna centenária... ou até milenar. Diz o povo que "um castanheiro leva 300 anos a crescer, 300 a viver e 300 a morrer".
Siga o nosso conselho: Estacione junto à igreja de Reguengo e siga pelo caminho marcado na imagem até ao ponto B. Depois, deixe-se guiar pelo GPS. Bom passeio.