A Freguesia de Vila Caiz dista 12 km a sudoeste da sede do concelho.
'Caiz' vem do árabe 'cafiz', medidade de grãos ou sólidos usada antigamente. Os pagamentos ao senhorio eram feitos em cahizes ou cafizes.
Foi vila, couto e honra pertendente ao antigo concelho de Santa Cruz de Riba Tâmega, de que foi sede. O concelho de Santa Cruz era constituído pelas freguesias de Toutosa, Constance, Carvalhosa, Banho, Vila Caiz, Passinhos, Fregim, Louredo, Travanca, MAcelos, Oliveira, Real, Ataíde, Recesinhos e Figueiró, sob foral de 1513 de D. Manuel.
O Rei D. José I, por provisão de 1 de Julho de 1776, desligou o concelho, assim como os de Unhão, Gestaçô Gouveia e Canaveses, da comarca de Guimarães para a de Penafiel. O concelho de Santa Cruz passou a comarca independente e foi extinto em Outubro de 1855, altura em que Vila Caiz passou para Amarante, como sucedeu à maior parte das freguesias. Nessa altura CAíde passou para Lousada e Recesinhos para Penafiel. Uma pequena parte passou para o Marco de Canaveses.
Vila Caiz, até 1855 teve casa da câmara, cadeia, pelourinho, capitão-mor e as autoridades próprias do antigo concelho.
A 'honra' de Vila Caiz pertenceu aos senhores donatários da freguesia de Unhão, no concelho de Felgueiras.
No lugar do Castelo Velho existiu um castro lusitano, ligado a inúmeras lendas, como o penedo da moura, o penedo da janela, o penedo da cabrita e o curioso penedo da gruta, a que um habitante colocou uma porta, servindo para armazém de materais de lavoura e a que o povo chamou de 'açougue dos mouros'.
No lugar de Vilarinho foi referenciada uma necrópole lusitano-romana, descoberta em 1908 e destruída em 1909, altura em que a linha ferroviária do Tâmega a atravessou.
Sobre esta freguesia dis José Augusto Vieira em 'O Minho Pitoresco' (1886): 'A igreja paroquial é um templo regular e bem tratado, sendo a sua construção do séc. XVIII. Na aldeia de Coura existe também uma capela dedicada a S. Pedro e extremando o concelho com o do Marco eleva-se em um vistoso píncaro a capela de Nossa Senhora da Graça, santuário cuja origem se ignora, sabendo-se apenas que tivera eremitas em tempos afastados não os tendo já, porém, em 1721 por o não permitirem os arcebispos de Braga. Nesse ano, diz o 'Santuário Mariano', a igreja era bonita e tinha uma galilé elegante. Em nossos tempos caíu a ermida em abandono, de que veio tirá-la o padre António Augusto Pinto de Magalhães, conseguindo pelos seus esforços realizar uma transformação completa da vetusta ermida, a ponto de fazer dela um dos mais belos santuários marianos do Minho'.
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