Corria o ano de 1895. Na aldeia da Lageosa existia um casal que possuía terras de cultivo em Lagos da Beira. Todos os dias o dito casal percorria o mesmo caminho por matas e florestas , tentando encurtar o percurso o mais possível, de modo a chegarem o mais rapidamente aos seus terrenos agrícolas. Num dia de Verão, José e Maria lá foram para mais um dia de trabalho. Trabalhavam de sol a sol. Empolgados pelo trabalho e com o crer acabar as suas tarefas, inconscientemente, nem deram pelo passar do tempo. O sol ia-se pondo lentamente e a lua já dava os seus primeiros sinais. Sem relógio, regulando-se apenas pelo toque do sino da Igreja , deixaram-se levar pelo trabalho . Mas eis que as 22 horas se ouviram badaladas pelo sino da Igreja. A lua cheia já ia alta . Rapidamente se meteram ao caminho de regresso à sua casa na Lageosa. Pelas brumas da noite e apenas com o Luar a iluminar-lhes o caminho , lá foram atravessando a floresta densa de pinheiros , onde o medo espreitava a cada passo.
Já com a Aldeia à vista , mas próximo da meia noite, o casal pára assustado e depara-se com uns uivos de raiva ensurdecedores e medonhos , que pareciam aproximar-se cada vez mais. De repente Maria grita para José e diz : - Viste aquilo ?! Ai meu Deus ajudai-nos… Assustados pelos uivos medonhos e pelo vulto que tinham acabado de ver , José destemido, acende um pequeno fardo de palha que trazia com ele, e com o machado na mão direita , dirige-se para o vulto . Ao aproximar-se cada vez mais, José viu o que nunca tinha visto antes : uma espécie de lobo com formas de homem. A besta uivava cada vez mais em tom ameaçador .
José num gesto de raiva caminhou com a palha a arder, rapidamente em direcção á besta . Para seu espanto , o animal afasta-se e José deixa de o ver. Passados alguns instantes , José ouve um forte bater de uma porta . Seguindo o seu instinto e o som dos uivos da besta o camponês encontra uma casa velha de pedra onde de dentro da mesma se ouviam os uivos carregados de raiva libertados pela besta. As chamas provocadas pelo pequeno fardo de palha, tinham assustado o animal, que desaparecera e se escondeu na velha casa de pedra , trancado a sete chaves.
Maria e José rapidamente tomaram o seu caminho de regresso a casa. Já longe da velha casa de pedra ainda se ouvia o uivar do tal bicho feio que naquela noite se atravessou no caminho do casal.
Correm rumores que ainda hoje , e principalmente em dias de lua cheia , é possível ouvir nitidamente o uivar da besta , que mais não é, que um Lobisomem.
** A cache não se encontra nas coordenadas publicadas **
=»»As coordenadas correctas são :
N 40º 22.(A-1174) , onde A = à data de construção da fonte velha da Lageosa ( Geocache - GC4ZHDR - STAGE1 ).
W 007º 50.(220+B) ,onde B = ao século , onde se passou esta história.
Irás encontrar este cruzamento, segue pelo sentido obrigatório. Rapidamente chegarás ao PK (Parking )
Quando chegares ao PK (Parking ), a cerca de 25 metros acima o trilho logo verás, com as coordenadas decifradas ao refúgio do Lobisomem chegarás.
**ATENÇÃO , quando colocarem a tampa, não façam muita força sobre ela e não dêem pancadas na mesma.***
* Não façam esta Geocache sozinhos.
* Tirem fotografias, pois do local é possível ver a Aldeia da Lageosa.
* Se gostam de uma maior aventura, façam esta cache à noite !
Desfrutem do local e protejam a Natureza!