O "Cruzeiro da Independência" de Lordelo tem quase sete metros de altura. A Cruz de Cristo remata o capitel com as cinco quinas nas quatro faces e o fuste quadrangular encaixa sobre o plinto da mesma forma com as faces superiores boleadas.
Todo o Cruzeiro é composto por granito.
Nas quatro faces da base conseguimos ler:
“1140-1640-1940 Cruzeiro da Independência Lordelo”
“Christus venit”
“Christus regnat”
“Christus imperat”
Invoca-se o ano da graça de 1140 – Ano da Fundação de Portugal – e o ano de 1940, momento de plena II Guerra Mundial.
As invocações a Cristo definem o carácter cristão do nosso País.
Lordelo é uma das quatro freguesias do conselho de Vila Real onde se pode admirar um dos “Cruzeiros da Independência” portugueses. As outras freguesias são Borbela, Torgueda (http://coord.info/GC4Y71J) e Mateus
Porque se designam assim? Em 1578 D. Sebastião, jovem rei português, parte para Marrocos, no norte de África onde participaria na batalha de Alcácer Quibir de onde jamais voltou. Como não tinha descendentes e as famílias reinantes se aparentavam os Reis Filipes acabaram por juntar as coroas de Portugal e Espanha
Foi a conhecida União Ibérica sob a dinastia Filipina que se manteve no governo de Portugal durante seis décadas de 1580 a 1640 cansado da humilhação causada pela dependência e das carências de toda a ordem, resultantes da exploração de que era alvo, Portugal prepara uma revolta que se veio a perpetrar no dia 1º de Dezembro 1640.
Os espanhóis depostos do trono declaram Guerra a Portugal Foi chamada a “Guerra da Restauração” que devolveu a independência a Portugal, depois de sucessivas batalhas (Linhas de Elvas, Ameixial, Castelo Rodrigo e Montes Claros), em que os portugueses derrotaram os espanhóis desgastados com outras frentes de batalha.
O tratado de paz foi assinado em 1668 na cidade de Lisboa.
A reconquista da Independência sempre foi aliada a manifestação de fé e assinalada com monumentos representativos desse sentimento. A partir de 1640, começaram-se a erguer CRUZEIROS em muitos locais do país que ficaram conhecidos como “Cruzeiros da Independência”. Monumentos comemorativos da Guerra que restaurou a independência de Portugal perante a hegemonia espanhola e símbolos da valentia com que as populações se defenderam das investidas espanholas, andam estreitamente ligados a fé do nosso Povo que acredita, sempre, que as forças para a vitória lhes vem de Deus protetor e não dos Homens fracos e impotentes.
Vem conhecer este e os outros Cruzeiros que, despercebidos, contam a História da Nossa Nação!
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