'Para defender o País da terceira invasão Napoleónica (1810), a estratégia de Wellington consistiu na construção de um campo entrincheirado, entre o Tejo e o Atlântico, que defendesse, por terra, a península de Lisboa, aproveitando as características acidentadas do território. As praças da fronteira terrestre teriam uma função retardadora, de modo a proporcionar mais tempo para a organização dos trabalhos de defesa de Lisboa. O grande objetivo era manter a capital liberta das tropas franceses – não só pelo valor estratégico do seu porto mas, também, por razões de segurança pois, em caso de insucesso militar, far-se-ia o embarque do corpo de tropas inglês, em São Julião da Barra.
Em 20 de outubro de 1809, Wellington redigiu o famoso memorando com as instruções que deveriam ser seguidas pelo comandante de engenharia do exército inglês – o tenente-coronel Fletcher – na construção das obras de defesa. Foi, assim, concebido um sistema militar apoiado em quatro linhas de defesa, duas principais e duas complementares.
Os trabalhos de construção iniciaram-se no outono de 1809 e, num período inferior a um ano, construíram-se 126 fortificações, estradas militares e outras barreiras naturais.'
Retirado do site da CM de Torres Vedras
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