A cevada (Hordeum vulgare) é uma gramínea cerealífera e representa a quinta maior colheita e uma das principais fontes de alimento para pessoas e animais. A área cultivada no mundo chega a 530 000 km². O seu período de germinação é de um a três dias. Suas flores são dispostas em espigas, na extremidade do colmo, e os aquénios, amarelados e ovóides.
É uma cultura tipicamente de inverno que não tolera o alagamento, sendo resistente a seca quando comparada ao trigo, mas exigente em relação à fertilidade do solo.
A cevada fornece uma farinha alimentícia e o produto resultante da germinação artificial dos grãos (malte) é utilizado na fabricação da cerveja e de outros produtos. Os grãos torrados e moídos são usados na fabricação de uma bebida sem cafeína de aspecto semelhante ao do café. A cevada é ainda empregada em alimentação animal como forragem verde e na fabricação de ração.
Cultivo da cevada iniciou entre 6000 a.C. e 7000 a.C., na área actualmente ocupada no Oriente Médio, sendo nessa época o principal cereal utilizado na alimentação humana, mais tarde substituída pelo trigo.
Tablete com a contabilidade das rações de cevada distribuídas a adultos e crianças pelo rei Urukagina (aprox. 2350 a.C.).
A primeira evidência arqueológica é do Epipaleolítico, em Ohalo, perto do Mar da Galileia. Os resquícios encontrados foram datados de aproximadamente 8500 a.C.3 O primeiro indício de cevada domesticada ocorrem em sítios neolíticos Acerâmicos, como no Tell Abu Hureyra, na Síria. A cevada é cultivada na Coreia desde o período da Cerâmica Mumun (c. 1500-850 a.C.)
Cerveja de cevada foi provavelmente a primeira bebida desenvolvida por humanos no Neolítico. A cevada foi mais tarde utilizada como moeda. No Egipto foi utilizada tanto como ingrediente do pão como da cerveja.
Na Europa Medieval, pão feito de cevada era considerado comida de gente humilde, enquanto produtos feitos de trigo eram consumidos pelas classes mais altas. A batata substituiu massivamente a cevada, na Europa Oriental no século 19 como alimento.
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