Hoje seria uma tarde para aproveitar na íntegra!
Assim foi. Dirigi-me á Encumeada.
Eram 14:30 da tarde quando comecei na Levada do Norte junto á Boca da Encumeada. O dia estava bom. O entusiasmo em alta. O percurso, parte eu conhecia de outras caches ali existentes. A primeira parte decorre na levada ainda com as vistas sobre o vale da Ribeira Brava, com a Pousada da Encumeada sempre em primeiro plano. Paus brancos, tis, cedros da Madeira e faias europeias acompanhou-me ao longo destes primeiros metros do percurso. E que bela companhia nos fazem! O sentimento é o de quem está prestes a entrar numa “floresta mágica”.
Cerca de um quilómetro depois de ter iniciado o percurso junto á Encumeada, a levada divide-se em dois canais. A orientação era para entrar no túnel de cerca de trezentos metros que nos leva ao “outro lado” da ilha. Depois desta travessia, a paisagem que vínhamos a acompanhar, muda radicalmente! A juntar aos tis da costa sul, aparecem os loureiros, vinháticos e os famosos folhados! Esta zona é mesmo conhecida pelo Folhadal. Entre o início do percurso e as casas dos levadeiros junto ao caminho florestal das Ginjas, são seis túneis. Faltavam então percorrer cinco. O percurso ao longo da levada é um dos mais bonitos que conheci até agora. E não é exagero! Ao longo de cada vale, cada lombo as cascatas sucedem-se fazendo do “quadro” algo do outro mundo! O “sacrifício” de passarmos por túneis, é compensado pelas “visões” que temos em cada um destes recantos. Não existem palavras!
O tempo no Paul estava magnífico! Sol quanto baste para uma caminhada serena e segura.
Contudo, quando olhei para o relógio já eram 17:00. Tive que voltar para trás. Fica para uma próxima “investida”.
Pelas minhas contas foram mais de 5 quilómetros. E sentia-me pronto para mais.
Atrevo-me a dizer que caminhar por percursos tão belos, como este que fiz, não cansa!