
A capela
Localizada a meio da encosta da serra, essa antiga capela era partilhada pelas aldeias da Cerdeira, Silveira de Cima e Silveira de Baixo. Esta era a prática no conjunto das nove aldeias serranas em que cada grupo de três aldeias possuía uma capela. Assim, a capela do Catarredor incluía os lugares do Candal e Vaqueirinho, a capela das Silveiras incluía as Silveiras (de Baixo e de Cima) e a Cerdeira enquanto a capela do Chiqueiro incluía os lugares de Talasnal e Casal Novo.
Em 1947 os habitantes da Silveira de Baixo e Silveira de Cima construíram a nova Capela de São Lourenço em local mais acessível que a antiga, entretanto destruída por um violento incêndio que assolou a Serra da Lousã e de onde retiraram a antiga imagem do São Lourenço. Por seu lado, os habitantes da Cerdeira decidiram construir a sua própria capela na década de 1950.
O Padroeiro
Natural de Huesca, na Península Ibérica, onde nasceu por volta do ano 230, São Lourenço foi o primeiro dos sete diáconos da Igreja e um dos santos mais venerados pela antiguidade cristã e pela idade Média.
Essa função fazia dele, depois do papa, (na época era Sisto II), o primeiro responsável pela Igreja. No auge da perseguição de Valeriano, o próprio pontífice foi preso e conduzido ao martírio e por esta razão concedeu a São Lourenço o encargo de distribuir tudo o que tinha aos pobres.
Quando o imperador impôs a Lourenço que entregasse todos os bens de que ouvira falar, este, num ato ousado, reuniu um grupo de indigentes, paupérrimos e os levou diante de Valeriano dizendo: “Eis aqui os nossos tesouros, que nunca diminuem, e podem ser encontrados em toda a parte”.
Com tal frase, quis dizer que as almas valiam muito mais do que todo dinheiro, mesmo que ele lhes fosse também necessário. Seu martírio foi escolhido com crueldade maior que sua ousadia: foi assado vivo.
E ainda em meio ao sofrimento encontrou forças para dizer: Vire-me, que já estou bem assado deste lado. São Lourenço é um exemplo de fé inabalável. Sofreu o martírio em 258, na perseguição de Valeriano.

A Cache
Esta multi-cache é composta por 5 pontos físicos de obrigatória passagem, sendo um deles o container final. Nas micro-caches encontrará apenas as coordenadas para o próximo waypoint. O container final contem logbook, stashnote, material de escrita e itens para troca.
Não se preocupem só em fazer a cache, apreciem o local e reparem nos caminhos percorridos outrora pelos habitantes das aldeias serranas. Há uma parte do percurso em que não existe caminho percetível, pelo que deverão redobrar a atenção na orientação.
Na aldeia da Cerdeira é habitual existirem diversas manifestações de arte, associando o artesanato, o design e a natureza, pelo que não deverão mexer nos artigos expostos, a pensar que fazem parte da “cache” (todos os elementos que a compõem estão devidamente caracterizados