HISTÓRIA
S. Mamede de Arca é uma pequena freguesia com apenas 131 ha, situada às portas de Ponte de Lima e circundada a norte e a nascente pela freguesia de Ribeira, a sul por Fornelos e a poente e a sul por Feitosa.
Há referências a S. Mamede de Arca em documentação do séc. XII. Nas Inquirições de D. Afonso II, de 1220, vem citada na Terra de Penela, sob a designação de 'Sancto Mamede dÁrcha'.
Aparece já como freguesia do julgado de Penela, em 1290, nas Inquirições mandadas efectuar, no reinado de D. Dinis. No catálogo das igrejas, organizado em 1320, aparece na Terra de Penela, sendo taxada em 30 libras.
No registo da cobrança das 'colheitas' dos benefícios pertencentes ao arcebispado de Braga, feita entre 1489 e 1493, S. Mamede de Arca tinha um rendimento 5 libras, 2 onças em prata e 385 réis em dinheiro com 'morturas'. Em 1528, ainda fazia parte da Terra de Penela. Américo Costa descrevera corno vigairaria anexa ao priorado da vila de Ponte de Lima e da apresentação do seu prior, que passou mais tarde a freguesia independente.
A população apresentava uma taxa de analfabetismo que era menor que a metade da média concelhia (14,3%). A taxa de actividade era de 42,7%, acima da média concelhia que era de 41,6%, sendo o sector primário já só responsável por 5,3% do emprego. O sector secundário nesse mesmo ano, era de 18,9% do emprego, enquanto que o terciário subia para 75,9%. Quanto ao desemprego, é inexistente e o fluxo de emigração parece ter parado. Registam-se mesmo alguns regressos definitivos por parte de emigrantes, alguns deles investindo no pequeno comércio e na construção civil. Estes dados dão-nos o retrato e confirmam o desenvolvimento urbano desta freguesia que apresenta um desenvolvimento sustentado à custa da referida proximidade da vila de Ponte de Lima.
De acordo com as informações actualizadas fornecidas pela Junta de Freguesia, a tendência ao aumento demográfico vai confirmar-se nos próximos anos já que se assiste actualmente a uma forte procura de casas na área da freguesia.
As tradicionais áreas de lavoura minhota, estão a ser cada vez mais ocupadas por alojamentos familiares e por pequenos quintais anexos às casas. De acordo com a mesma fonte de informação, apenas 5% destas terras são cultivadas com o objectivo de apoiar o auto consumo familiar. De qualquer forma, há também alguma iniciativa de jovens agricultores principalmente nas áreas da floricultura e horticultura.
No capítulo das infra-estruturas básicas, toda a área da freguesia está coberta pela rede pública de abastecimento de água ao domicílio. O saneamento cobre apenas cerca de 30% e a recolha de lixos é feita duas vezes por semana em toda a freguesia.
Os acessos rodoviários estão assegurados por um I.P., uma E.N. e espera-se para breve a construção do I.P. 9, que irá melhorar as ligações a Viana do Castelo, e do I.C. 28 para Arcos de Valdevez, Ponte da Barca e Lindoso, com ligação à Galiza.
Todos os estabelecimentos de ensino de que as crianças da freguesia se servem estão naturalmente localizados na sede do concelho. No entanto, na área da freguesia está implantada a Escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima. Na freguesia funciona também o complexo das piscinas municipais.
Merecem referência as Quintas rurais de S. Bento, do Bustelinho e da Rasca, da Casa do Cruzeiro, além da Igreja Paroquial e do conjunto formado por capela, portão e Alminhas da Bouça. Este património enquadra-se harmoniosamente nas belezas naturais, também elas ricas e a merecerem um destaque especial. É o caso por exemplo, do Parque do Monte da Madalena com as suas vistas panorâmicas e dos espaços envolventes às piscinas municipais e ao campo de golfe. Estes equipamentos proporcionam uma razoável qualidade de vida aos moradores de Arca e atraem inúmeros visitantes. Dum modo geral, a vida cultural e desportiva é animada nesta freguesia. Para além da piscina municipal, do Pavilhão Polidesportivo regularmente utilizado, também a Junta de Freguesia proporciona na sua sede um espaço cultural adequado para variadas realizações culturais.
Por tudo isto, os responsáveis pela Junta de Freguesia encaram o futuro de Arca com relativo optimismo, apesar de reconhecerem que ainda muito está por fazer e que os meios disponíveis nunca são os suficientes.
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