'Após a retirada das tropas de Soult, o duque de Wellington decide defender Lisboa, para permitir uma eventual retirada do exército britânico, no caso de uma nova invasão. Estratega ímpar, e conhecedor do relatório elaborado pelo Coronel Vincent, em 1807, a pedido de Junot, sobre as excelências defensivas do terreno na região de Torres Vedras, bem como dos estudos topográficos do Major Barreiros e do Brigadeiro Neves Costa, manda edificar aquele que é considerado o mais eficiente sistema de fortificações de campo da História militar.
Este sistema defensivo consistia numa tripla linha de redutos de alvenaria, que reforçavam os obstáculos naturais do terreno, formando uma barreira delimitada pelo oceano e pelo rio Tejo. A 1ª linha tinha uma extensão de 46 Km e ligava Alhandra, junto ao rio Tejo, à foz do rio Sizandro, em Torres Vedras. A 2ª linha, construída cerca de 13 Km a Sul da 1ª, tinha uma extensão de 39 Km e ligava a Póvoa de Santa Iria a Ribamar. A 3ª linha, que consistia no perímetro defensivo da praia de embarque – S. Julião da Barra -, cerca de 40 Km a Sul da 2ª linha, tinha uma extensão de 3 Km e ligava Paço de Arcos à Torre da Junqueira. Uma 4ª linha foi ainda levantada na península de Setúbal, para evitar uma aproximação pelo Sul.'
De 'As Linhas de Torres Vedras' em https://historiasdetorresvedras.wordpress.com/2010/06/20/linhas-de-torres-vedras/
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