A dos Negros é uma freguesia portuguesa do concelho de Óbidos, com 16,82 km² de área e 1 489 habitantes (2011)1 . Densidade: 88,5 hab/km.
História
A freguesia foi criada durante a segunda metade do século XVIII, possivelmente um pouco depois do terramoto de 1755. Segundo o investigador Pinho Leal o seu nome derivará de Cecílio Negro, um corajoso capitão lusitano, que viveu vinte anos antes de Jesus Cristo.
Antes de 1147, existiam várias povoações entre Leiria e Lisboa, onde residiam grandes núcleos judaicos, com sinagogas e hábitos de vida própria. Foi personagem importante um rabi-mor chamado Iáhia Aben-Yasich, e quem segundo o historiador Joaquim Veríssimo Serrão na sua obra História de Portugal, D. Afonso Henriques nomeou mordomo e cavaleiro-mor, em recompensa de serviços prestados na luta contra os Mouros, e concedeu a Aldeia dos Negros. Este historiador diz ainda "que esta doação se refere à tomada de Óbidos em 1148, tem que se aceitar a identificação com a actual povoação de A dos Negros, situada a 4 km". Sobre este assunto, outros autores estudaram, como Meyer Kayserling na obra História dos Judeus em Portugal e João Evangelista na sua obra A dos Negros: uma aldeia da Estremadura. Segundo este último autor, no século XIX, os campos desta freguesia estavam cobertos de matagais, com muitas árvores (sobreiros, azinheiras, loureiros e medronheiros).
No Cadastro da População do Reino, efectuado por D. João III em 1527, a Aldeia dos Negros era um pequeno aglomerado com 20 fogos (cerca de 90 habitantes). Em 1757, o número de fogos já era de 122, tendo o povoamento da aldeia sido feito pelos campos adjacentes.
No campo eclesiástico, a apresentação do pároco era de responsabilidade do povo que lhe doava de côngrua, noventa alqueires de trigo, trinta de cevada e duas pipas de vinho. Durante algum tempo, esta freguesia esteve subordinada à Colegiada de São João de Mucharro, cujo prior tinha o dever de ir anualmente à igreja de Santa Maria Madalena cantar a festa da santa padroeira.
Economia
As principais actividades económicas são a agricultura, construção civil e a indústria cerâmica.
Património
Nesta freguesia pode-se visitar a Igreja Matriz de Santa Madalena e a Capela do Espírito Santo (Sancheira Grande), para além do cruzeiro. Dignas também de visita são as quintas do Cabeço, da Botelheira, e do Rolin. Existem as fontes do Ulmeiro, Santa da Formiga e do Olival Santo. Na freguesia existem ainda várias capelas.
Gastronomia
As principais especialidades gastronómicas da freguesia são as misturadas. O vinho branco maduro é afamado. Na freguesia há a tradição da matança do porco.
Cache
Todas as caches são de tamanho pequeno/normal e contêm apenas logbook. Peço que a coloquem no mesmo sitio onde a encontraram e tenham cuidado com a sua preservação.
Percurso
Aconselhamos que em dias de Verão escolham o horário da manhã ou de fim de tarde para fazer este PT. Os trilhos são bastante acessíveis a todos mas vão encontrar algumas subidas e descidas de maior dificuldade. Aconselhamos que façam o percurso a pé ou de bicicleta para que possam desfrutar ao máximo de toda a aventura. O PT é circular e não precisam de levar carro e se puderem, levem um saco para fazer CITO, a natureza agradece. É possível encontrarem com alguma frequência proprietários de terrenos agrícolas, continuem a caminhada pois já estão habituados à passagem de pessoas por aquelas terras em caminhadas e BTT.
Distância: +/- 5Km Circular
Tempo a pé: +/- 2 horas
O que levar?
- Roupa leve e fresca no verão
- Água
- Alimentos para dar energia
- Calçado adequado para caminhadas
- Material de escrita (caneta ou lápis)
Espero que gostem deste PT e qualquer dúvida contactem-me.
PS: Ignorem as letras e números presentes nas tampas de algumas caches