Estamos junto à entrada da aldeia de Chãs d’Égua. Chãs, como o próprio nome indica, significa “extensões planas de terra”, fortemente aproveitadas aquando do povoamento romano por serem locais ricos em água e associadas à exploração de minérios. Égua por serem os animais usados, nesta altura, para se atrelarem a carros de desporto e combate. Os pastores lusitanos também se deixaram seduzir por este local, devido às inúmeras nascentes que existem, fixando-se aqui para criarem os seus animais, especialmente éguas e cavalos. Estamos na freguesia do Piódão, concelho de Arganil. Diz-se que esta é a aldeia mais antiga da freguesia, quer pelos relatos de geração em geração, quer pela arte rupestre fortemente presente. Foram descobertas 50 pinturas rupestres nesta zona, do Neolítico e da Idade do Bronze. Acredita-se que estas gravuras sejam, apenas, o início de uma vasta herança ainda por descobrir na Serra do Açor. Perto da cache está a antiga escola primária de Chãs d’Égua, que foi reformulada para albergar o primeiro Centro Interpretativo de arte rupestre do país.