Tiago foi o primeiro dos apóstolos a morrer em nome da sua fé.
De regresso a Jerusalém, depois da sua passagem pela Hispânia, Herodes Agripina, rei da Judeia, mandou prender Tiago e ordenou a sua decapitação. O corpo de Tiago foi depois lançado às feras, mas dois dos seus discípulos, Atanásio e Teodoro, anteciparam-se e resgataram o corpo do apóstolo e transportaram-no de barco até à Galiza, com o objetivo de aí o sepultarem dignamente. Diz a lenda que o pequeno barco que transportou os restos mortais de Tiago não tinha leme nem velas, seguiu o seu rumo guiado por um anjo. A embarcação terá navegado desde a Palestina, passando pelas colunas de Hércules (Gibraltar), bordejaram a Lusitânia (costa de Portugal) e chegaram, finalmente, a Vila Arosa, actual Galiza.. Chegados aqui, os dois discípulos de Tiago amarraram a barca a uma coluna de pedra, que se diz ser a mesma que está hoje sob o altar-mor da igreja paroquial de Padrón, colocaram o corpo do apostolo sobre uma pedra que amoleceu e tomou a sua forma, milagrosamente convertendo-se num sepulcro, cujo episódio veio a dar o nome ao lugar Padrón.
Atanásio e Teodoro não tiveram uma receção calorosa na Galiza. A rainha Lupa, senhora destes domínios, só concordou em sepultar os restos mortais do apóstolo Tiago, se os dois discípulos superassem uma difícil prova: matar o dragão e trazer-lhe os touros bravos que habitavam em Pico Sacro. Disse-lhes a matrona pagã: «Ide aquele monte e buscai dois bois que atrelareis a este carro e levai vosso amigo e vosso mestre para sepultardes onde quereis.»
A jornada foi difícil. Primeiro, apareceu-lhe o dragão que os atacou, mas ao fazerem o sinal da cruz, a besta desfez-se no ar. Os touros foram dominados com o mesmo gesto. Perante tal proeza, Lupa converteu-se ao cristianismo e deixou que sepultassem o corpo de Tiago.
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