Filósofo,ensaísta, político e professor universitário português, Leonardo Coimbra nasceu a 30 de dezembro de 1883, na Lixa, concelho de Felgueiras, e morreu a 2 de janeiro de 1936, no Porto.
Um dos mais importantes nomes da cultura portuguesa da primeira metade do século XX, Leonardo Coimbra foi, no Porto, juntamente com Jaime Cortesão, um dos mentores e dinamizadores do projeto de intervenção cívica e cultural "Renascença Portuguesa", no âmbito do qual coeditou a revista Nova Silva e A Águia, promoveu a criação de Universidades Populares onde se distinguiria como orador e, como Ministro da Instrução Pública, fundou a Faculdade de Letras do Porto, onde viria a lecionar e a dirigir com Hernâni Cidade e Mendes Correia a Revista da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (1920-1922). É nas edições Renascença Portuguesa que edita grande parte de uma bibliografia - O Criacionismo: Esboço de um Sistema Filosófico, 1912; A Morte, 1913; A Alegria, A Dor, A Graça, 1916; A Luta pela Imortalidade, 1918; Adoração: Cânticos de Amor, 1921; Jesus, 1923; Guerra Junqueiro, 1923; A Filosofia de Henri Bergson, 1932 - que inclui o pensamento filosófico de cunho antipositivista e cristão existencial, o ensaio filosófico-literário e a escrita poética de inspiração filosófica. O pensamento criacionista que expôs na sua obra tem o homem no centro das suas preocupações, guardando algumas semelhanças com o saudosismo de Teixeira de Pascoaes.