IGREJA MATRIZ DE VINHA DA RAINHA
Datada do século XVIII, destaca-se no espólio uma escultura da Virgem com o Menino, de pedra, de tamanho natural, do século XVI, a imitar as de João de Antão. Notável é a custódia de pedra dourada do século XVIII com punção de Lisboa. Ao contrário do habitual a base tem predomínio de volume sobre o hostiário que é uma radiação solar.
A fachada apresenta a porta e a janela, respectivamente, com frontão e cimalha curvos; grande parte do recheio é, também, do século XVIII (retábulos principal e colaterais, castiçais, cadeira paroquial...).
Também possui uma escultura do São Paio, no altar-mor, sendo uma obra barroca de excelente estofo: pelo movimento que se desprende das vestes e por todo o tratamento formal, esta é, sem dúvida, uma peça "erudita", de muito boa qualidade plástica. A Custódia desta Matriz é uma peça de prata dourada, do século XVIII (tem o punção de Lisboa e outro do ourives, ilegível). Obra que impressiona pela qualidade de tratamento dos seus elementos, tudo concorre para o fausto, o luxo e a admiração, características tão próprias do Barroco.
É uma obra onde todos os elementos são trabalhados com esmero. O tecto de madeira é repartido em caixotões rectangulares. Tanto o retábulo principal como os colaterais são de duas colunas dos finais do século XVIII, pintadas de novo. A paróquia do século XVII para XVIII, era priorada da apresentação do Bispado da Diocese de Coimbra e rendia sensivelmente por ano mais de 800 mil reis, constituindo assim um dos melhores benefícios do Bispo de Coimbra.
A instituição da Paróquia deve-se provavelmente à Sé Conimbricense depois da Idade Média. No ponto de vista administrativo, foi do termo de Montemor-o-Velho até 1836, concelho de Abrunheira até 1844, e de Verride até 31/12/1853, data em que foi extinto este concelho.
Por ser do tempo do termo de Montemor-o-Velho aproveitou do Foral dado a esta Vila por D. Manuel I, em 20/8/1516, citando-se este lugar nele expressamente.
Da Vinha da Rainha olhando para nascente, vêem-se encostas e outeiros revestidos de eucaliptos pinheiros e oliveiras de entre os quais branqueiam as habitações dos lugares que nelas se erguem. Para ocidente alargam-se extensos campos de arroz, em viçosa e delicada alcatifa de verde-claro, alargados pelo rio do Pranto e cortados de valas em cujas margens, vimes e salgueiros se debruçam.
(NOTA: Estes apontamentos foram extraídos da Enciclopédia Luso-Brasileira e trazidos da Biblioteca do Instituto de Engenharia de Lisboa em 1981).








A cache
Tamanho pequeno, contem só o Logbook. Levem algo para escrever!
Espero que gostem, boas cachadas!!! 