Aldeia Avieira das Caneiras
Abandonadas nos anos 1970, as aldeias dos pescadores do Tejo estão agora a ganhar vida. Existem descrições que dão conta que os pescadores Avieiros levantavam as construções e as mudavam da localização original, para outra mais abrigada ou adequada, de modo a garantir maior conforto ao núcleo familiar.
Os Avieiros apelidavam as suas próprias habitações de “barracas” sem que isso tivesse um sentido depreciativo mas tão-somente pelo aspecto que estas tinham, todas em madeira e bastante rudimentares.
Os “nómadas do rio”, como os apelidou Alves Redol no livro Avieiros, fixaram-se em pequenos povoados, substituíram as canas por madeira (único material permitido pela Capitania do Porto de Lisboa), que iam comprando à medida que juntavam dinheiro. As casas, assentes em pilares para resistirem às cheias do rio, eram pintadas com cores garridas.
Há cerca de dez anos surgiu a ideia de candidatar a cultura avieira a património nacional. Foi, posteriormente, constituída uma equipa coordenadora do projecto, que funciona no âmbito do IPS. Entretanto os promotores acabaram por concluir que não seria possível candidatar a “cultura avieira” no seu todo e que, para ir ao encontro da legislação em vigor, teriam que definir “pontos focais” de candidatura.
Foi assim que foi escolhida a aldeia das Caneiras, no concelho de Santarém, para esta primeira candidatura, tendo em conta que se trata de uma das que melhor preservam as características das aldeias avieiras.
As doenças destes pescadores também estão a ser abordadas. "Estes homens e estas mulheres têm uma relação umbilical com o rio. Quando têm de passar a viver longe do Tejo surgem muitas vezes depressões, alcoolismo, ansiedade. E depois há o reumatismo de quem passou uma vida dentro de água, ao frio. Há relatos de famílias de 11 ou 12 pessoas que viviam no barco. As mães atavam os filhos às suas próprias roupas, durante a noite, para impedir que caíssem ao rio. São registos dramáticos. Hoje é-nos difícil imaginar como vivia esta gente."
«O Tejo é "mar"»
Podem ainda complementar a informação com o documentário em: https://www.youtube.com/watch?v=2XNUWlzpMtw
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