A fim de reivindicar um found nesta EarthCache dirigiam-se às coordenadas fornecidas, ao GZ1 e ao GZ2
Aqui reúne os dados necessários para poderes responder às seguintes perguntas:
Pergunta 1-
No local GZ1 consegues identificar Sal Gema?
a) Sim
b) Não
c) Algumas evidências esporádicas
Pergunta 2 -
Consegues identificar no GZ1 vestígios da antiga indústria de Gesso?
a) sim
b) não
Pergunta 3 -
Consegues identificar a partir do ponto de observação GZ2 vestígios da antiga indústria de Gesso?
a) sim
b) não
Pergunta 4
Depois de observares o GZ1 e o GZ2 identifica qual é a rocha encaixante?
a) Calcário
b) Gesso
c) Granito
d) Halite
Pergunta 5
Qual o tamanho máximo dos cristais de gesso que consegues identificar no local do GZ1?
Pergunta 6
Qual a origem do Gesso no local GZ1?
a)Eólica
b)Evaporítica
c) Metamórfica
d) Sedimentar
e) Vulcânica
Pergunta 7
Qual a cor predominante dos cristais de Gesso no GZ1?
Pergunta 8
Que tipo de gesso encontras em GZ1?
a)Gipsite
b)Anidrite
c)Selenite
d)Alabastro
e)Espato
Se achas que tens as respostas correctas, faz o teu log de "found", e envie-me suas propostas de respostas através do meu perfil ou via messaging geocaching.com (Message Center), e entrarei em contato consigo em caso de problema.
O gesso é uma rocha sulfetada, com a fórmula química Ca[SO4]•2H2O.
Como mineral cristaliza no sistema monoclínico, com um hábito prismático, em que por vezes, aparecem cristais de hábito tabular.
Ocasionalmente possui maclas em ferro de lança e/ou em cauda de andorinha.
A gipsite é um material granular, por vezes fino, em forma de maciço.
Possui cores variáveis como o branco, cinza, verde ou incolor.
As cores devem-se frequentemente à presença de impurezas que lhe estão associadas, como a calcite, dolomite, pirite, óxidos de Fe, argilas, barite, anidrite e quartzo secundário.
O seu brilho pode ser vítreo, nacarado ou sedoso.
É frequentemente translúcido.
O gesso possui uma dureza de 2 e uma densidade que vai do 2,3 a 2,4.
Pode possuir clivagens e a sua risca é de cor branca.
A sua cor de florescência é verde.
O gesso pode aparecer em diversas variedades, como:
Gipsite: é das variedades mais abundantes de gesso. Facilmente se transforma em anidrite (variedade desidratada de gesso) se as condições de calor, pressão e presença de água variarem.
Anidrite: forma-se como mineral primário em sabkhas ou em bacias profundas. O termo está muito associado à gipsite porque a única diferença entre eles é as moléculas de água. A anidrite contém maior densidade que a gipsite, contudo, possui menor porosidade.
Selenite: é um mineral de gesso macrocristalina, incolor, hialina e euédrica. Encontra-se, muitas vezes, a preencher fendas em rochas.
Alabastro: o alabastro é uma variedade de gesso que faz lembrar o mármore, maciça, microgranular e translúcido. As suas cores dependem das impurezas contidas. Ocorre, frequentemente, em zonas de grandes depósitos de gesso.
Espato: o espato é acetinado, fibroso e possui um brilho sedoso. Este material em forma de agulha deposita-se em fraturas e ao longo de planos de estratificação.
in https://pt.wikipedia.org/wiki/Gesso
O que é uma Gesseira?
Gesseira :substantivo feminino Terreno donde se extrai o gesso; gessal.
Jazigo de gesso ou de pedra para o fazer. = GESSAL "gesseira", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha]
Localização: Santana (Freguesia do Castelo).
Este local corresponde a uma antiga pedreira de gesso, um sulfato de cálcio hidratado que ocorre no seio das argilas margosas aflorantes no diapiro de Sesimbra.
A pedreira de gesso de Santana, também designada Gesseira de Santana, foi explorada mais intensamente durante os anos 50 do século XX, para abastecimento exclusivo da indústria cimenteira do Outão.
O gesso aparece em relativa abundância, segundo diferentes hábitos cristalinos, predominantemente fibroso e sacaróide (granular).
Uma particularidade exclusiva do gesso de Santana é a ocorrência de cristais de quartzo de neoformação e baixa temperatura, de dimensão milimétrica e com forma de bipirâmide, normalmente associada aos aglomerados cristalinos granulares e relacionada com a existência nas proximidades de um filão de rocha magmática (dolerito).
A Gesseira de Santana faz parte do circuito da Pequena Rota PR3 – Rota de Cezimbra
Agregado cristalino de gesso
A Gesseira de Santana surgiu há CERCA DE 200 MILHÕES DE ANOS, no começo do Jurássico, com os continentes norte-americano e eurasiático ainda não separados pelo Oceano Atlântico, braços de mar pouco profundos, vindos de sul, invadiram partes do que são hoje as nossas margens ocidental e meridional.
Nas lagunas aí formadas e sob um clima quente e seco, teve lugar intensa e prolongada evaporação das águas marinhas que aí entravam permanentemente.
Essa evaporação, à semelhança das salinas artificiais, deu origem a grandes espessuras de sais com destaque para o gesso e o sal-gema.
O gesso é a matéria-prima do pó branco, com o mesmo nome, que todos conhecemos, usado em estuques e moldes diversos; o sal-gema é, praticamente, o mesmo cloreto de sódio do sal de cozinha.
A região onde hoje se situa Sesimbra fez parte deste rosário de lagunas e, aqui, as condições ambientais de então foram favoráveis à precipitação de gesso, ao contrário de outras, nas quais predomina o sal-gema, como é, por exemplo, a região de Loulé, no Algarve.
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A gesseira de Santana, desactivada e abandonada desde os anos 60, é uma ocorrência única no concelho de Sesimbra, representativa deste remoto episódio, desenvolvido ao longo de milhões de anos, com interesse não só local como regional e global. Constitui, em nosso entender, um georrecurso cultural, com o valor de um geomonumento, com óptima localização e fácil acesso, que urge preservar, valorizar, fruir e legar aos vindouros.
A gesseira de Santana representou, num passado recente, uma actividade económica importante para o concelho, em termos de indústria extractiva.
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in «DN» de 26 de Julho de 2008 in http://sopasdepedra.blogspot.pt/2008/08/gesseira-de-santana.html
É um afloramento situado no núcleo de uma das estruturas diapíricas salinas que afectam a sequência sedimentar da Bacia Lusitaniana.
A unidade responsável por este processo é a dos pelitos evaporíticos da Formação de Dagorda de idade hetangiana.
Da sua composição faz parte não apenas halite (que em afloramentos superficiais não é detectável por lixiviação rápida) mas também gesso.
Este mineral, antigamente extraído do local para fins económicos, encontra-se no local em diferentes hábitos cristalinos: granular ou sacaróide, fibroso e hialino.
Sempre associados ao hábito sacaróide encontram-se pequenos cristais (em regra de dimensões inferiores a 10 mm, mas muito frequentes) de quartzo bipiramidado.
Esta associação tem sido interpretada como correspondendo a quartzo de neoformação (hidrotermal) cristalizado a partir de um fluido rico de sulfato de cálcio e sílica provenientes da fusão/dissolução do gesso primário, misturado com fluidos ricos de sílica, formado aquando da ascensão de magma durante o ciclo magmático alcalino (Cretácico Superior).
Com efeito a ocorrência desta associação encontra-se apenas na proximidade de um filão dolerítico que aflora na pedreira, a menos de 10m de distância.
Os leitos de gesso primário, de hábito fibroso, com espessura média de 1cm, apresentam microdobras de fluência, deformação associada à ascensão diapírica da unidade evaporítica.
Este filão, que se encontra pouco meteorizado e exibe excelente orla de reacção com o encaixante, é um dos muitos cartografados no interior da estrutura diapírica.
Este facto, juntamente com outros patentes em diferentes diapiros da bacia, é mais um dos argumentos para que a formação destas estruturas na Bacia Lusitaniana seja de idade Cretácica terminal e não do Jurássico Superior, o mecanismo despoletador do diapirismo e, consequentemente, a sua idade é uma questão científica controversa que permanece ainda em aberto.
Um
diapiro em
geologia, é uma
intrusão de material rochoso menos denso que a rocha encaixante, o processo é conhecido como
diapirismo. No caso dos diapiros, perfuram-se os materiais sobrejacentes, enquanto que no caso dos domos (o outro tipo de estrutura halocinética) os materiais ascendem.
O afloramento e, a outra escala, a cartografia com as descontinuidades regionais, contribuem para associar o magmatismo à diminuição da viscosidade e da densidade dos evaporitos da Formação de Dagorda, favorecendo a sua mobilização e ascensão, e não à distensão do Jurássico Superior.
Deste afloramento avista-se, a menos de 200 m de distância para SW, um relevo formado por calcários do Jurássico que se destaca no meio do vale tifónico (designação original de P. Choffat) que corresponderá a um xenólito da cúpula do doma salino original colapsado no interior dos evaporitos, menos densos e mais dúcteis.
É neste relevo que se encontra construído o castelo de Sesimbra.
Acesso muito fácil e exposição excelente, embora com o tempo vá ficando ocupado pela vegetação (canavial que não é autóctone). in http://geossitios.progeo.pt/geositecontent.php?menuID=3&geositeID=1032