No Templo
Junto ao altar onde estavas,
A teu lado ajoelhei:
À Virgem por mim rezavas!
À Virgem por ti rezei!
Mas da crença na vertigem
com ela te confundi...
E em vez de reza à Virgem,
Rezava... mas era a ti!
Nasceu, na Vila de Água de Pau, um dos maiores poetas que os Açores já tiveram o privilégio de acolher. Manuel Augusto de Amaral, filho de Félix de Amaral e de D. Ana Maria Matos de Amaral.
Formado no Seminário de Angra do Heroísmo, onde estudou preparatórios, regressa mais tarde a São Miguel, fixando residência em Ponta Delgada. Durante a sua vida, dedicou-se ao professorado, mas não só: os versos sempre ocuparam um lugar muito especial na sua vida inglória que nem sempre teve, para os outros, o valor que lhe era, inegavelmente, merecido – e o poeta canta, inclusive, essa desgraça, dirigindo-se à vida num tom de profunda desilusão e de desânimo constante.
Com um talento inato para a rima, escreveu numerosas e variadas cantigas e uma diversidade alargada sonetos, notando-se um rigor poético de excelência e uma estética perfecionista no corpo de cada poema.
Manuel Augusto de Amaral faleceu no dia 25 de Dezembro de 1942.
Disponível emhttp://diariodalagoa.com/arquivo/40819, data de consulta a 19.04.2018.
Esta cache foi construída no âmbito do curso para professores “Geocaching – uma ferramenta educativa”, realizado na Escola Secundária de Lagoa em abril/maio de 2018.